quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Como surgiram os nomes dos meses do ano?

Como surgiram os nomes dos meses do ano?

Nosso calendário é regido por deuses, imperadores e números romanos

por Álvaro Oppermann
Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano em períodos nomeados de acordo com seus deuses. Os romanos adaptaram essa estrutura. De acordo com alguns pensadores, como Plutarco (45-125), no princípio dessa civilização o ano tinha dez meses e começava por Martius (atual março). Os outros dois teriam sido acrescentados por Numa Pompílio, o segundo rei de Roma, que governou por volta de 700 a.C.

Os romanos não davam nome apenas para os meses, mas também para alguns dias especiais. O primeiro de cada mês se chamava Calendae e significava "dia de pagar as contas" - daí a origem da palavra calendário, "livro de contas". Idus marcava o meio do mês, e Nonae correspondia ao nono dia antes de Idus. E essa era apenas uma das diversas confusões da folhinha romana.


Até Júlio César (100 a.C.-46 a.C.) reformar o calendário local, os meses eram lunares (sincronizados com o movimento da lua, como hoje acontece em países muçulmanos), mas as festas em homenagem aos deuses permaneciam designadas pelas estações. O descompasso, de dez dias por ano, fazia com que, em todos os triênios, um décimo terceiro mês, o Intercalaris, tivesse que ser enxertado.

Com a ajuda de matemáticos do Egito emprestados por Cleópatra, Júlio César acabou com a bagunça ao estabelecer o seguinte calendário solar: Januarius, Februarius, Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September, October, November e December. Quase igual ao nosso, com as diferenças de que Quinctilis e Sextilis deram origem ao meses de julho e agosto. Quando e como isso aconteceu, você descobre lendo o quadro abaixo.

Folhinha milenar
Divisão do ano é basicamente a mesma há 20 séculos

Janeiro

Januarius era uma homenagem ao deus Jano, o senhor dos solstícios, encarregado de iniciar o inverno e o verão. Seu nome vem daí: ianitor quer dizer porteiro, aquele que comanda as portas dos ciclos de tempo.

Fevereiro

O nome se referia a um rito de purificação, que em latim se chamava februa. Logo, Februarius era o mês de realizar essa cerimônia. Nesse período, os romanos faziam oferendas e sacrifícios de animais aos deuses do panteão, para que a primavera vindoura trouxesse bonança.

Por que 28 dias?

Até 27 a.C., fevereiro tinha 29 dias. Quando o Senado criou o mês de agosto para homenagear Augusto, surgiu um problema: julho, o mês de Júlio César, tinha 31 dias, e o do imperador, só 30. Então o Senado tirou mais um dia de fevereiro.

Março

Dedicado a Marte, o deus da guerra. A homenagem, porém, tinha outra motivação, bem menos beligerante. Como Marte também regia a geração da vida, Martius era o mês da semeadura nos campos.

Abril

Pode ter surgido para celebrar a deusa do amor, Vênus. Na primeiro dia do mês, as mulheres dançavam com coroas de flores. Outra hipótese é a de que Aprilis tenha se originado de aperio, "abrir" em latim. Seria a época do desabrochar da primavera.

Maio

Homenagem a Maia, uma das deusas da primavera. Seu filho era o deus Mercúrio, pai da medicina e das ciências ocultas. Por esse motivo, segundo escreveu Ovídio na obra Fastos, Maius era chamado de "o mês do conhecimento".

Junho

Faz alusão a Juno, a esposa de Júpiter. Se havia uma entidade poderosa no panteão romano, era ela, a guardiã do casamento e do bem-estar de todas as mulheres.

Julho

Chamava-se Quinctilis e era simplesmente o nome do quinto mês do antigo calendário romano. Até que, em 44 a.C. o Senado romano mudou o nome para Julius, em homenagem a Júlio César.

Agosto

Antes era Sextilis, "o sexto mês". De acordo com o historiador Suetônio, o nome Augustus foi adotado em 27 a.C., em homenagem ao primeiro imperador romano, César Augusto (63 a.C.-14 d.C.).

Setembro a dezembro

Para os últimos quatro meses do ano, a explicação é simples: setembro vem de Septem, que em latim significa "sete". Era, portanto, o sétimo mês do calendário antigo. A mesma lógica se repete até o fim do ano. Outubro veio de October (oitavo mês, de octo), novembro de November (nono mês, de novem, e data do Ludi Plebeii, um festival em homenagem a Júpiter) e dezembro de December (décimo mês, de decem).

E o ano bissexto?
Dia extra a cada quatro anos corrige distorção


Ao adotar o calendário solar, em 44 a.C., Júlio César criou o ano de 365 dias e um quarto. Por causa dessa diferença, a cada quatro anos era necessário atualizar as horas acumuladas com um dia extra. O problema do calendário juliano é que, na verdade, um ano tem 11 minutos e 14 segundos a menos do que se estimava. Por isso, em 1582, o papa Gregório XIII (1502-1585) anulou dez dias do calendário e determinou que, dos anos terminados em 00, só seriam bissextos os divisíveis por 400. E o nome "bissexto" tem uma explicação curiosa: em Roma, celebrava-se o dia extra no sexto dia de março, que era contado duas vezes.

Fonte: Revista Aventuras na História

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os sofrimentos do Jovem Werther (1774) - Segundo Ano

A que ponto pode chegar um coração apaixonado?

Na obra-prima de Goethe, o jovem Werther, por motivos de trabalho, está longe de sua família e amigos, mas comunica-se com Whilhelm através de cartas nas quais narra sua história de paixão e tragédia com a jovem Lotte.
Desde o início ele soube que sua amada estava prometida a um noivo: Albert, homem cujo qual Werther adquiriu grande admiração e amizade desde sua apresentação.
Mas o tempo é um martírio para as almas envoltas pela paixão. Com o convívio diário, Werther apaixonava-se cada vez mais. Passeios no campo, longas conversas, poemas, todos momentos que contribuiram para fazer com que esquecesse do mundo todo e só visse importância em Lotte.
Por vezes, tentou afastar esse pensamento, sabia que nunca poderia tê-la para si, mas a certeza cega de que ela também o amava fez com que retornasse para, mortalmente, ser atingido pela paixão.
Com o casamento entre Albert e Lotte, Werther cada vez mais pensava na impossibilidade de seguir sua vida, de viver sem Lotte, de viver simplesmente.
Em uma última noite, houve um beijo. O mais sublime e apaixonado beijo da história da literatura, Lotte sabia que amava Werther, mas também sabia que este amor era impossível. Assim, ela pediu para nunca mais vê-lo e ele assentiu.
Naquela mesma noite o jovem mandou seu criado pedir as pistolas de Albert emprestadas, alegando que ia viajar e precisava de proteção, elas vieram das mãos da própria esposa.
No dia seguinte, Werther foi encontrado morto em seu quarto, com um tiro acima do olho direito. Todas as suas cartas a Lotte estão transcritas no livro.

Um marco do Romantismo

Os sofrimentos do Jovem Werther (1774), é a obra póstuma da escola literária chamada Romantismo (1750-1850, aproximadamente). Ela traz todas as características que marcaram esse movimento e a revolução que ele suscitou na criação literária da época.
Algumas dessas características românticas:
  • Abandono do normativismo, isto é, o autor agora é um ser inspirado, não mais precisa prender-se a regras para criar, basta deixar seu talento trabalhar;
    • Sem rima;
    • Sem métrica perfeita;
    • Liberdade de produção.
  • Subjetividade: valorização das emoções e sentimentos individuais, em detrimento da razão e do pensamento objetivo;
  • Idealização da figura feminina: a mulher adquire valor, agora ela é a causa da alegria e da tristeza , é um ser superior que o romântico quer alcançar;
  • O vínculo com a natureza como algo inspirador: Werther mostra bem isso, relembrando momentos que viveu com Lotte no campo, nos cenários em que seus sentimentos mais se destacavam, nos seus desenhos etc;
  • Egocentrismo: para Werther nada mais importa, ele quer apenas Lotte e se não pode conseguir, de que adianta viver?
  • Dramaticidade;
  • Substantivos abstratos;
  • Uso de figuras de linguagem (comparações, metáforas, antíteses).
Na obra também vemos a presença do trágico, elemento que era a característica principal das tragédias gregas, mas que persiste em estilos atuais. O trágico aparece nesta obra através do desfecho, onde o protagonista suicida-se.


Você pode fazer o download do livro em PDF aqui. Para quem gosta de obras clássicas, mas não gosta daquela linguagem muito rebuscada, essa é uma boa escolha.


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dificuldades da Língua em Uso: "A sós" e "só"

"A sós" e "só"
Qual a forma correta?
"Ela quer ficar a só"
ou
"Ela quer ficar a sós"?
O programa foi às ruas saber a opinião de algumas pessoas. De sete entrevistados, três erraram e quatro utilizaram a forma correta:
Ela quer ficar a sós.
Quando utilizamos a preposição "a", a expressão é fixa, invariável, nunca se flexiona:
Eu quero ficar a sós.
Ela quer ficar a sós.
Nós queremos ficar a sós.
Elas querem ficar a sós.
E se tirarmos a preposição "a"? Nesse caso "sós" passa a ser adjetivo e, dessa forma, precisa concordar em número com o pronome ou substantivo com que se relaciona:
Eu quero ficar .
Ela quer ficar .
Nós queremos ficar sós.
Elas querem ficar sós.
Uma dica: o "", nesse segundo caso, equivale a "sozinho".
Substitua uma palavra pela outra e veja se a frase faz sentido: "Eu quero ficar a sós." / "Eu quero ficar a sozinhos." Não faz o menor sentido, não é?
Mas no outro caso a substituição dá certo. Não há como errar!
Eu quero ficar . / Eu quero ficar sozinho.
Ela quer ficar . / Ela quer ficar sozinha.
Nós queremos ficar sós. / Nós queremos ficar sozinhos.
Elas querem ficar sós." / "Elas querem ficar sozinhas.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O que é Literatura?



O que é Literatura?


A Literatura é considerada uma arte. Através dela temos contato com um conjunto de experiências vividas pelo homem sem que seja preciso vivê-las.
A Literatura é um instrumento de comunicação, pois transmite os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. O texto literário nos permite identificar as marcas do momento em que foi escrito.


As obras literárias nos ajudam a compreender nós mesmos, as mudanças do comportamento do homem ao longo dos séculos, e a partir dos exemplos, refletir sobre nós mesmos.


O texto literário apresenta:


-Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade.

- Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão.

- Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados.

- Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos.
As obras literárias são divididas em escolas literárias, pois cada obra apresenta um estilo de época, ou seja, um conjunto de características formais e de seleção de conteúdo evidente na obra de escritores e poetas que viveram em um mesmo momento.


As escolas literárias são:


- Trovadorismo
- Classicismo
- Barroco
- Arcadismo
- Romantismo
- Realismo / Naturalismo
- Simbolismo
- Modernismo


Há um momento de transição entre o Trovadorismo e o Classicismo conhecido como Humanismo, muitos críticos literários afirmam que ainda exista um estilo de época denominado Pós-Modernismo.
Fonte


Segundo o crítico e historiador literário José Veríssimo, várias são as acepções do termo literatura: conjunto da produção intelectual humana escrita; conjunto de obras especialmente literárias; conjunto (e este sentido, creio, nos velo da Alemanha) das obras sobre um dado assunto, ao que chamamos mais vernaculamente bibliografia de um assunto ou matéria; boas letras; e, além de outros derivados secundários um ramo especial daquela produção, uma variedade de Arte, a arte literária.
Mas por que à simples relação de fatos, à meia expressão de emoções por meio da escrita chamamos arte como à pintura, à escultura, à música?
Talvez porque essa relação ou essa expressão - e em literatura não há outra coisa - admitem ou exigem, para nos comoverem e Interessarem, artifícios de língua, de maneira de dizer de modos de contar ou exprimir, em suma de expedientes e processos estranhos à pura necessidade orgânica da manifestação dos nossos juízos e sentimentos. Para tal, bastaria somente a correção gramatical, isto é, a expressão verbal, segundo as leis lógicas ou naturais, se preferem, da linguagem, sem mais artifícios que os que lhe são inerentes.
A exação puramente lingüística na expressão do pensamento ou das sensações é talvez para a arte de escrever o que o desenho, no seu sentido mais restrito e especial, é para a pintura. Esse desenho, como aquela linguagem simplesmente exata, é, certo, já de si um artifício de representação, mas ainda não constitui uma arte. Por falta de outros artifícios que a completem e a tornem significativa, o que representa não nos logra ainda comover, que é o fim superior da arte. E se o simples desenho, na mão de verdadeiros artistas, o consegue, é que uma combinação especial de linhas, de tons, de sombras e claridades, produzindo uma expressão que quase vale a pintura, fez dele mais alguma coisa que pura representação por linhas combinadas segundo regras preestabelecidas.
São essas linhas especiais, esses tons variados, essas sombras e essa luz no desenho artístico, e as tintas, o claro-escuro, as gradações de cores, a harmonia geral de todos esses elementos na pintura, que fazem da pintura representação gráfica do desenho uma obra de arte. Assim na expressão escrita são artifícios correspondentes a esses que fazem da simples representação versal das coisas vistas ou sentidas uma arte - acaso a mais difícil de todas. Mas se isto basta para fazer da escrita, da literatura, no sentido etimológico, uma arte, um ramo de Arte, não satisfaz, cuido eu, para caracterizá-la toda.
Obras há de ciência (e tomo esta palavra no sentido geral de saber de conhecimentos de fatos, "know-ledger" em Inglês), tão bem escritas como as que melhor o sejam literatura. Darwin passa por um perfeito escritor na Inglaterra, assim, como Spencer. Imagino que os trabalhos de física e de biologia de Goethe não serão menos bem escritos que os seus romances. (Que é literatura? José Veríssimo).
Em O Que é a Literatura?, publicado em 1948, por Jean-Paul Sartre, a função e a natureza da Literatura encontram-se organizadas em três perguntas básicas:

O que é escrever?

Segundo Sartre, escrever é uma ação de desnudamento. O escritor revela ao escrever, revela o mundo, e em especial o Homem, aos outros homens, para que estes tomem, em face ao objetivo assim revelado, a sua inteira responsabilidade. Não basta ao escritor ter escrito certas coisas, é preciso ter escolhido escreve-las de um modo determinado, expondo seu mundo, com elementos estéticos, de criação literária.

Por que escrever?

O homem que escreve tem a consciência de revelar as coisas, os acontecimentos; de constituir o meio através do qual os fatos se manifestam e adquirem significado. Mesmo sabendo que, como escritor, pode detectar a realidade, não pode produzi-la; sem a sua presença, a realidade continuará existindo. Ao escrever, o escritor transfere para a obra uma certa realidade, tornando-se essencial a ela, que não existiria sem seu ato criador.

Para quem escreve?

Ao escrever, o escritor, segundo Sartre, deve solicitar um pacto com o leitor, que ele colabore em transformar o mundo, a sua realidade. O escritor dirige à liberdade de seus leitores. A Literatura é a tentativa do homem-escritor de criar uma realidade que possa ser exibida no mundo real e modificar as estruturas da sociedade humana.
Fonte: Escola Vesper
Literatura

O que é Literatura?

"A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social.
O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões das verdades fatuais. Os fatos que manipula não têm comparação com os da realidade concreta. São as verdades humanas gerais, que traduzem antes um sentimento de experiência, uma compreensão e um julgamento das coisas humanas, um sentido da vida, e que fornecem um retrato vivo e insinuante da vida, o qual sugere antes que esgota o quadro.
A Literatura é, assim, a vida, parte da vida, não se admitindo possa haver conflito entre uma e outra. Através das obras literárias, tomamos contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a todos os homens e lugares, porque são as verdades da mesma condição humana."
(Afrânio Coutinho)

Alguns Conceitos sobre Literatura

"Arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra." (Aristóteles, filósofo grego, séc. IV a.C)
"A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem." (Louis de Bonald, pensador e crítico do Romantismo francês, início do séc. XIX)
"O poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, e a sua obra como um fim e não como um meio; como uma arma de combate." (Jean-Paul Sartre, filósofo francês, séc. XX)
"É com bons sentimentos que se faz literatura ruim." (André Gide, escritor francês, séc. XX)
"A poesia existe nos fatos" (Oswald de Andrade, poeta brasileiro, séc. XX)

Literatura Segundo o Dicionário

Literatura (Do lat. litteratura.] S.f. 1. Arte de compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso. 2. O conjunto de trabalhos literários dum país ou duma época. 3. Os homens de letras: A literatura brasileira fez-se representar no colóquio de Lisboa. 4. A vida literária. S. A carreira das letras. 6. Conjunto de conhecimentos relativos às obras ou aos autores literários: estudante de literatura brasileira; manual de literatura portuguesa. 7. Qualquer dos usos estéticos da linguagem: literatura oral [p.v.] 8. Fam. Irrealidade, ficção: Sonhador, tudo quanto diz é literatura. 9. Bibliografia: Já é bem extensa a literatura da física nuclear. 10. Conjunto de escritores de propaganda de um produto industrial.
Fonte: www.literaturabrasileira.net
Literatura

O que é literatura?

Cada tipo de arte faz uso de certos materiais. A pintura, por exemplo, trabalha com tinta, cores e formas; a música utiliza os sons; a dança os movimentos; a arquitetura e a escultura fazem uso de formas e volumes. E a literatura, que material utiliza? De uma forma simplificada, pode-se dizer que a literatura é a arte da palavra.
Podemos dizer ainda, segundo o poeta norte-americano Ezra Pound, que a literatura é a linguagem carregada de significado: "Grande Literatura é simplesmente linguagem carregada de significado até o máximo grau possível".

Como chegamos a isso?

Partindo das experiências pessoais e sociais que vive, o artista transcria ou recria a realidade, dando origem a uma supra-realidade ou a uma realidade ficcional. Por meio dessa supra-realidade, o artista consegue transmitir seus sentimentos e idéias ao mundo real, de onde tudo se origina.
Para essa transcrição da realidade, a literatura, no entanto, não precisa, portanto estar presa a ela. Tanto o escritor quanto o autor fazem uso de sua imaginação constantemente: o artista recria livremente a realidade, assim como o leitor recria livremente o texto literário que lê.

E as funções da literatura, quais seriam?

No mundo antigo, a arte tinha uma função hedonística, isto é, devia causar prazer, retratando o belo. E, nessa época, o belo na arte ocorria na medida em que a obra era verossímil, ou seja, semelhante à vida ou à natureza. Modernamente esses conceitos desapareceram, mas a arte ainda cumpre o papel de proporcionar prazer. A literatura, jogando com palavras, ritmos, sons e imagens e conduzindo o leitor a mundos imaginários, causa prazer aos sentidos e à sensibilidade do homem.


Fonte: www.geocities.com




quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Artes - Estátua da Liberdade

Estátua da Liberdade
 
Informações, localização, construção, importância histórica, cultural e turística


Estátua da Liberdade: cartão postal dos Estados Unidos  
Principais características do monumento
  • A Estátua da Liberdade situa-se na entrada do porto de Nova Iorque (Estados Unidos), numa pequena ilha (ilha da Liberdade).
  • A estátua possui 46,5 metros de altura, pesando aproximadamente 160 toneladas.
  • Os Estados Unidos receberam este monumento de presente dos franceses, após os norte-americanos terem derrotado a Inglaterra numa batalha.
  • Chegou de navio, desmontada da França, sendo montada no local onde se encontra hoje.
  • Foi inaugurada em 28 de outubro de 1886. 
  • A estátua e o fogo da tocha (sempre acesso), representam a liberdade do povo.
  • Foi projetada pelo escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi.
  • Em 2007, foi eleita como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo.
  • É considerada Patrimônio Mundial da Unesco.
  • É um dos pontos turísticos mais visitados dos Estados Unidos

    A Estátua da Liberdade é um monumento da cidade de Nova York, considerada um Patrimônio Mundial da UNESCO, e, desde 2007, é também considerada uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo.
    Localizada em uma pequena ilha na entrada do porto de Nova York, a Liberty Island (ilha da Liberdade), a Estátua da Liberdade foi um presente do povo francês aos estadunidenses em comemoração ao centenário de sua Independência, ou seja, em 1876. Uma batalha vencida pelos norte-americanos contra os Ingleses foi o motivo que levou os franceses a presentearem os Estados Unidos.
    A estátua foi construída na França, pelo escultor Frederic-Auguste Bartholdi, em uma estrutura projetada por Eugene Emmanuel Viollet-le-Duc e Alexandre-Gustave Eiffel (o mesmo que projetou a Torre Eiffel). A inspiração para o rosto da mulher a ser representada na estátua teria vindo da mãe do escultor Frederic-Auguste Bartholdi. Símbolos da maçonaria (como a tocha e o livro na mão esquerda) foram incorporados no projeto de Frederic, o que sugere que o mesmo fosse maçom.
    A estátua foi concluída em julho de 1884. Após ser desmontada em 350 peças, e embalada em 214 caixas, foi colocada a bordo da fragata francesa Isere, que a transportou até os Estados Unidos. Chegou a Nova York um ano depois, em 1885. Em abril de 1886, a construção do pedestal, projeto do americano Richard Morris Hunt, foi concluída. A estátua levou 4 meses para ser montada, já em seu pedestal. A Estátua da Liberdade foi inaugurada pelo então presidente norte-americano Grover Cleveland, no dia 28 de outubro de 1886.
    As medidas da estatua são impressionantes. Segundo o Guinness, o livro dos recordes, trata-se da escultura mais pesada do mundo, com 225 toneladas. Sem o pedestal a estátua mede 46, 5 metros, sendo que com ele, alcança os 92,99 metros. Para chegar até o topo, são 354 degraus, o equivalente a 22 andares.
    O fogo da tocha erguida pela mulher representa a liberdade do povo, assim como a própria estátua. Em sua coroa existem 25 janelas (que simbolizam as jóias encontradas naquelas terras) e 7 raios (que representam os sete continentes e os sete mares do mundo). Em sua mão esquerda segura uma tábua, na qual está escrita: 4 de Julho de 1776, em algarismos romanos.


    Fontes
    Site: The Statue of Liberty-Ellis Island Foundation. Disponível em: http://www.statueofliberty.org/ Acessado em: 1 mar. 2009.


    Estátua da liberdade por dentro e por fora:



 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Uso da Vírgula




Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim:

1. Não se usa vírgula:

Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si:


a) entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala    foram advertidos.
             Sujeito                            predicado
b) entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores.
                   V.T.D.I.              O.D.                             O.I.
Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.


2. Usa-se a vírgula:

Para marcar intercalação:

a) do adjunto adverbial: O café, devido à sua abundância, vem caindo de preço.

b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, t
odavia, quantidades de alimentos.

c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas
vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.

Para marcar inversão:

a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.

b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo:
Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.

c) do nome de lugar anteposto às datas:
Recife, 15 de maio de 1982.

Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração):

Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo:


Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.


Usa-se a vírgula para isolar:


- o aposto:

São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.

- o vocativo:

Ora, Thiago, não diga bobagem.





Por Marina Cabral
Especialista
em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

Dificuldades da Língua em Uso

"À medida que" ou "à medida em que"?
Diz-se "à medida que" ou "à medida em que"?
 

Aqui, não se trata do "a" sem acento, como na frase "A medida que ele tomou é drástica". Não é esse o caso. O que estamos discutindo é a locução conjuntiva "à medida que", a qual alguns preferem, erroneamente, substituir por "a medida em que". A forma correta é "à medida que".

Apenas um lembrete: "locução conjuntiva" é todo grupo de palavras que relaciona duas ou mais orações ou dois ou mais termos de natureza semelhante.
À proporção que chovia...
"À medida que" significa o mesmo que "à proporção que".
À medida que o mês corre, o bolso esvazia.
Trata-se de uma locução conjuntiva com valor de proporção, introduzindo orações subordinadas adverbiais de proporção.
Há ainda a locução "na medida em que", que vem sendo usada na imprensa e em muitos textos com valor causal.
O governo não conseguiu resolver o problema
na medida em que não enfrentou suas verdadeiras causas.
Ou seja,
O governo não conseguiu resolver o problema
porque não enfrentou suas verdadeiras causas.
Alguns condenam o uso de "na medida em que" argumentando que não há registro histórico dessa forma na língua. Mas o fato é que essa construção já se tornou rotina, mesmo entre excelentes escritores.
O que não é aceitável sob hipótese alguma é escrever "à medida em que".

Fonte: Tv Cultura