quarta-feira, 24 de março de 2010

Variedades Linguísticas

Gíria "detonada"

Será que você já fez uso de "adequação vocabular"? "Vocabular" diz respeito a vocábulo, palavra. "Adequação vocabular" é adequar as palavras à situação de fala. As gírias, por exemplo, podem ser perfeitamente ajustadas a certos contextos. Repare na palavra "detonada" utilizada na letra da música abaixo, "Nada a declarar", do grupo Ultraje a Rigor:

Mas eu 'tô vendo que a galera anda entediada
não 'tá fazendo nada e eu não 'tô dando risada
Aí, qualé? Vamos lá, moçada!
Vamos agitar, vamos dar uma detonada

"Detonar", nos dicionários, aparece como sinônimo de "fazer explodir", "provocar uma explosão". Na gíria, essa palavra passou a ser usada como sinônimo de "pôr tudo a perder", "acabar com tudo" e até de "ser o máximo", "ser o melhor dos melhores". O jogador que "detonou", por exemplo, foi o melhor do jogo.
No território da gíria, da linguagem popular, usar o verbo "detonar" com esse sentido é perfeitamente possível. Em linguagem formal, isso não seria de maneira alguma adequado. "Detonar" se limitaria, nesse caso, a indicar a idéia de explosão. 


Gíria
"não dá para"
Na canção abaixo, aparece uma expressão muito comum na fala, no bate-papo, que, no entanto, não deve freqüentar o chamado padrão escrito, o padrão formal da língua. O trecho faz parte da canção "Pra Dizer Adeus", dos Titãs:
...não dá pra imaginar quando
é cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus, pra dizer jamais
Na linguagem popular, a expressão "não dá pra..." é aceita e muito comum. No texto formal, no entanto, o mais apropriado seria utilizar "não é possível" ou algo equivalente. A expressão "não dá pra..." é bastante recorrente. Outro exemplo do seu uso é a canção "Rádio Bla", com Lobão:
... não dá para controlar, não dá
não dá pra planejar...
Utilizar essa expressão não é errado. Ela é adequada a um determinado nível de linguagem, como a fala. Mas o padrão escrito não a recomenda.
  

Uso de "gente" e "nós"


Afinal de contas, podemos ou não utilizar a expressão "a gente" no lugar de "nós" ? Dizer que não há problema nenhum em usarmos a expressão no dia-a-dia, na linguagem coloquial, contraria muitas pessoas, para quem esse uso da palavra "gente" deveria ser abolido de vez.
Evidentemente não é possível eliminar a expressão da língua do Brasil, mesmo porque seu uso já está mais do que consagrado. Mas quando ela é de fato mais lícita? No bate-papo, na linguagem informal. No texto formal, ela está fora de questão. Mas, uma vez usada, como deve ser a concordância? É "a gente quer" ou a "gente queremos"? A maneira correta é:
A gente quer.
Nós
queremos.
O uso da expressão "a gente" em substituição a "nós" é tão forte que algumas vezes dá origem a confusões. Veja o trecho da canção "Música de rua", gravada por Daniela Mercury:

... E a gente dança
A gente dança a nossa dança
A gente dança
A nossa dança a gente dança
Azul que é a cor de um país
que cantando ele diz
que é feliz e chora

"A gente dança a nossa dança". É tão forte a idéia de "gente" no lugar de "nós" que nem faria muito sentido outro pronome possessivo para "gente", não é? O "nossa" é pronome possessivo da 1ª pessoa do plural e, portanto, deveria ser usado com o pronome "nós":
"Nós dançamos a nossa dança".

Na linguagem coloquial, no entanto, diz-se sem problema "a gente dança a nossa dança", "a gente não fez nosso dever", "a gente não sabia de nosso potencial" etc.
No bate-papo, no dia-a-dia, na canção popular, não seria inadequado o emprego da palavra "gente" — que nos perdoem os puristas, os radicais, os conservadores. Só não é possível aceitar construções como "a gente queremos". Isso já seria um pouco excessivo. 



Variedades Linguísticas

Gíria "Ficar"

Os tempos dão às palavras significados que mudam.
Por exemplo: "ficar". Qualquer dicionário de língua portuguesa traz o significado da palavra, que todo mundo sabe qual é. Nos últimos tempos, porém, os jovens deram a essa palavra um novo sentido.
Vamos ver o que ocorre com "ficar" na letra da canção "A cruz e a espada", gravada por Paulo Ricardo:
... E agora eu ando correndo tanto
procurando aquele novo lugar
e aquela festa, o que me resta
encontrar alguém legal pra ficar
e agora eu vejo, aquele beijo
era mesmo o fim
era o começo e o meu desejo
se perdeu de mim.
O que seria "alguém legal pra ficar"? A expressão "ficar", com a acepção que tem na canção, quer dizer algo como "ter um leve envolvimento com alguém, sem compromisso". Um rapaz vai a uma festa, conhece uma garota e fica o tempo todo com ela, o que pode incluir beijos e abraços.
Será que esse significado permanece por muito tempo? Quem sabe o "Nossa Língua Portuguesa" possa, daqui a dez anos, voltar a tratar da palavra "ficar" e ver se esse novo sentido já não ficou velho, se ficou mesmo... 
Fonte:
http://www.tvcultura.com.br/aloescola/linguaportuguesa/varianteslinguisticas/giria-detonada.htm

Variedades Linguísticas

Gíria

"panaca", "basbaque"

Observe o trecho da canção "É", de Luiz Gonzaga Jr.::
A gente quer calor no coração
a gente quer suar, mas de prazer
a gente quer é ter muita saúde
a gente quer viver a liberdade
a gente quer viver felicidade.
É, a gente não tem cara de panaca
a gente não tem jeito de babaca...
Nessa letra de Gonzaguinha, vimos o uso das gírias "panaca" e "babaca". Essa última, por sinal, tem a sua variante culta, "basbaque", a pessoa que pasma diante de tudo, o tolo. Do termo "basbaque" surgiu a variante "babaca", uma gíria. "Panaca" é a mesma coisa, uma gíria com significado semelhante a "babaca".
Vamos a um trecho da canção "Vida Louca Vida", gravada por Lobão:
...Se ninguém olha quando você passa
você logo acha: _"tô carente
sou manchete popular".
Já me cansei de toda essa tolice
babaquice
essa eterna falta do que falar.

Que posição devemos ter em relação à gíria? Preconceito? Não. A gíria é um recurso lingüístico saudável. A gíria vai e vem: ela nasce, vive, desaparece e pode até ressurgir. No texto formal, porém, procure evitá-la.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dúvidas Gramaticais

“ A Skol desce redondo” ou “ A Skol desce redonda”?

Parece-nos uma velha discussão de roda de bar, sendo que alguns irão defender que o correto seria “ A Skol desce redondo” e outros talvez se exaltem um pouco mais, conforme a taxa de álcool no sangue e esbravejem um pouco mais alto dizendo que na verdade, o óbvio seria “A Skol desce redonda”, claro pois faríamos alusão à palavra Skol. Bem! Vamos lá. As palavras são como nós, seres humanos, algumas se relacionam com um determinado grupo social por se assemelharem, por terem afinidade. 
Na Língua Portuguesa há as Classes Gramaticais (substantivo, adjetivo, numeral, pronome, artigo, verbo, preposição, conjunção, interjeição e advérbio), dentre essas classes gramaticais, uma nos chama a atenção o Advérbio. O advérbio é uma classe gramatical que ser relaciona com o verbo, adjetivo e o próprio advérbio. O jamaicano Usain Bolt corre rápido. ( o advérbio de modo “rápido” intensifica a ação de “correr”) As mulheres de Copacabana são muito especiais.(o advérbio de intensidade “muito” intensifica o adjetivo “especial”. O jamaicano Usain Bolt corre muito rápido.( o advérbio de intensidade “muito” intensifica o adérbio de modo “rápido”) Se é assim, vamos interpretar a frase: A Skol desce redondo Art. Subst. v.i adv.modo. O advérbio de modo “redondo” modifica o ato de descer, nao o substantivo “Skol. Dica: o advérbio não pode modificar um substantivo. Portanto, para que não haja mais dúvida, o correto é “A Skol desce redondo”, isto é, A Skol desce redondamente, fazendo um movimento redondo. Observe como o Cespe cobrou no concurso UnB/CESPE – TST Técnico Judiciário – Área: Administrativa Texto: “(...)A questão maior é saber como colocar em prática essas belezas, num momento em que as lutas sociais sofrem o assédio cada vez mais agressivo da globalização e as próprias barreiras ideológicas caem por terra.” Pergunta: O adjetivo “agressivo” está empregado com valor de advérbio e corresponde, dessa forma, a agressivamente.  A questão é falsa, porque “agressivo” não tem valor de advérbio, trata-se apenas de um adjetivo qualificando o assédio que é um substantivo. Lembre-se o advérbio não pode modificar um substantivo.

Fonte:

http://www.institutomarcondesjunior.com.br/artigos.php?cod=4#
Classes gramaticais


Função ou sentido 

Advérbio


Palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, expressando uma circunstância. 
Exemplos:

Ali:lá,naquele lugar.
Não: expressa negação.
Logo: prontamente, imediatamente.

Preposição




Termo que subordina uma palavra a outra. 
Exemplos:
Livro de João, peso sobre o papel, espaço entre as árvores, morava em Belo Horizonte.

Conjunção




Termo que liga duas palavras, dois membros de uma oração ou duas orações.

Exemplos: E: exprime idéia de adição (aditiva). Mas: relaciona pensamentos em contraste ou oposição. Quando: conjunção temporal. Se: conjunção que exprime condição.

Interjeição




Vocábulo que traduz uma impressão súbita, como dor, susto, alívio, admiração. 
Exemplos:
Oba!: alegria, satisfação.
Ah!: alívio, alegria.
Psiu!: Ordena silêncio.

Narração - 9º Ano Análise Textual : A Sina de Alfo - Explicação da palavra Alforria


EXERCÍCIOS GERAIS DE NARRAÇÃO

I-  Leia atentamente o texto abaixo :

      A SINA DE ALFO


            Alfo era um ratinho muito prestativo que trabalhava para o Rei Leão. Era alegre, brincalhão , amigo com o qual o rei podia contar vinte e quatro horas por dia.
       Mas com o passar do tempo, Alfo foi ficando  triste, pois vivia praticamente preso às suas obrigações de ajudante-de-ordens, conselheiro, ombudsman, mão direita, mensageiro,  e não tinha tempo para mais nada. Por causa de sua índole alegre e expansiva, o ratinho  gostava de viver livremente. Por isso, ultimamente, o seu emprego o desgostava muito; sentia-se escravo do dever.
      O ratinho Alfo tornava-se cada vez mais sério, mais taciturno; nem as mais engraçadas piadas do papagaio o faziam rir. Os bichos viviam fazendo-lhe graça para tentar descontraí-lo e sugeriam com preocupação:
      - Alfo, ria ! Rir faz bem !
      - Alfo, ria ! Você está envelhecendo .
      Mas quê ! Alfo foi ficando cada vez mais calado, até que um dia resolveu falar com o Rei.
      - Senhor , não agüento mais o peso das obrigações. Sou um ratinho sagitariano, quero viajar, ser livre e o excesso de dever está me matando. Nem rir mais eu rio ! Todos vivem me pedindo : - Alfo, ria ! Você está muito triste ! - porque percebem que estou ficando cada vez mais descontente !
      - E o que você sugere, meu fiel amigo ?
      - Que o senhor me libere de serví-lo . Continuarei sendo seu melhor amigo, se quiser, seu conselheiro, mas quero ser livre. Quero dormir de madrugada, acordar com o sol no meu focinho, quero visitar novas florestas , mas trabalhando assim como trabalho, não posso fazer nada disso !
      - É, meu caro ratinho, você tem razão.
      - Sabe, majestade, se eu continuar trabalhando tanto, sem ter tempo para mim , vou me tornar amargo . Por favor, liberte-me de minhas obrigações.
      -   Quem sou eu para ir contra a personalidade de alguém ? Prefiro-o como um amigo alegre a um fiel servidor triste. De hoje em diante, você está livre, Alfo.
      Alfo ria sem parar. Estava realmente feliz e poderia fazer tudo aquilo que quisesse.
      E foi a partir dessa história, a história do ratinho Alfo  que queria a libertação do pesado jugo do  trabalho, que nasceu a palavra alforria.”
Identifique: 

1-  O enredo :
    a-  Introdução - de ...................... a ........................
    b-  A complicação - de .................... a ...........................
    c-  O clímax - de ............................  a ...........................
    d-  O desfecho - de......................... a ............................
2-  O tempo 

3-  O espaço

4-  As personagens

5-  O narrador e tipo de foco narrativo
-->
A SINA DE

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sintaxe: Orações Coordenadas e Subordinadas

Sintaxe



Período Composto

Conjunto de orações constituído por mais de uma oração.


O período composto pode ser:

Período composto por coordenação

No período composto por coordenação, as orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática entre elas.


As orações coordenadas de subdividem em:



* Assindéticas- Não são introduzidas por conjunção.


Ex.: Trabalhou, sempre irá trabalhar.

* Sindéticas- São introduzidas por conjunção. Esse tipo de oração se subdivide em:



1- Aditiva: idéia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem, (não somente) ...como também.

Ex.: O professor não somente elaborou exercícios como também uma extensa prova.



2- Adversativa: idéia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas: mas, contudo, entretanto, porém...

Ex.: O professor elaborou um exercício simples, mas a prova foi bastante complexa.



3- Alternativa: idéia de alternativa, exclusão. Principais conjunções usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou.

Ex.: Ou o professor elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova.



4- Conclusiva: idéia de dedução, conclusão. Principais conjunções usadas: portanto, pois, logo...

Ex.: O professor não elaborou a prova, logo não poderá aplicá-la na data planejada.



5- Explicativa: idéia de explicação, motivo. Principais conjunções usadas: pois, porque.

Ex.:O professor não elaborou a prova, porque ficou doente.



A conjunção pois pode introduzir orações conclusivas ou explicativas.Quando tiver dúvidas, procure substituí-la por outras conjunções.




Período composto subordinado



No período subordinado, existem pelo menos uma oração principal e uma subordinada.A oração principal é sempre incompleta, ou seja, alguma função sintática está faltando.As orações subordinadas desempenham a função sintática que falta na principal: objeto direto, indireto, sujeito, predicativo, complemento nominal...



Ex.: O rapaz gostava / de que todos olhassem para ele.



Oração principal: O rapaz gostava

Oração subordinada: de que todos olhassem para ele.



A oração principal está incompleta, falta objeto indireto para o verbo gostar, o oração subordinada desempenha a função de objeto indireto da principal.


As orações subordinadas se subdividem em:

Substantivas

Adjetivas

Adverbiais



As orações desenvolvidas são aquelas nas quais o verbo está conjugado em algum tempo: presente, pretérito e futuro.

Ex.: Esperamos que passe de ano.



As orações reduzidas são aquelas nas quais o verbo está em uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Ex.: Só sei cantar em italiano.
 
Tira para exercício:
 

Sintaxe: Período Simples e Composto

Sintaxe


Conceitos essenciais

Em uma análise sintática podemos ter:



1- Frase

É a reunião de palavras que expressam uma idéia completa, constitui o elemento fundamental da linguagem, não precisa necessariamente conter verbos.

Ex.:"Final de ano, início de tormento". ( Revista Nova Escola, 11/00)



2- Oração

É idéia que se organiza em torno de um verbo.

Ex.: "Tudo começa com o pagamento da dívida." ( Revista Vida Pessoal, 12/99, p.07)


O verbo pode estar elíptico (não aparece, mas existe)

Ex.: "O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato fez tanto sucesso quanto (fizeram) os Fradinhos que Henfil lançou nas páginas do Pasquim."

(Revista Época, 24.05.99, p.06)

3- Período

É o conjunto de orações. Ele pode ser constituído por uma ou mais orações.

O período pode ser:

simples- constituído por apenas uma oração

Ex.: "Macunaíma é o herói com muita preguiça e sem nenhum caráter". (Época, 24.05.99, p.7)


composto- constituído por mais de uma oração.

Ex.: "Nós não podemos fingir /que as crianças não têm inconsciente".

(Nova Escola, 11/00)
 
 
 
Fonte:   http://www.portugues.com.br/sintaxe/conceitos.asp

Ortografia
















Emprego do h



O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou da tradição escrito do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas:


a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina.

homem, higiene, honra, hoje, herói.


b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições.

Oh! Ah!



c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto:

- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao primeiro.

super-homem, pré-história.



- quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh.

Passarinho, palha, chuva.



Emprego do s



Emprega-se a letra s:



- nos sufixos -ês, -esa e –isa, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos.

Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa.



- nos sufixos –oso e –osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos.

delicioso, gelatinosa.


- depois de ditongos.

coisa, maisena, Neusa.


- nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos.

puser, repusesse, quis, quisemos.


- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s.

análise: analisar, analisado

pesquisa: pesquisar, pesquisado.


Emprego do z


Emprega-se a letra z nos seguintes casos:

- nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de adjetivos.

rigidez (rígido), riqueza (rico).


- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z.

cruz: cruzeiro, cruzada.

deslize: deslizar, deslizante.



Emprego dos sufixos –ar e –izar.



Emprega-se o sufixo –ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s, caso contrário, emprega-se –izar.

análise – analisar eterno – eternizar


Emprego das letras e e i.


Algumas formas dos verbos terminados em –oar e –uar grafam-se com e.

perdoem (perdoar), continue (continuar).


Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –uir grafam-se com i.

atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir).



Emprego do x e ch.


Emprega-se a letra x nos seguintes casos:


- depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa.


- depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar, enchumaçar e seus derivados).


- depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados).


- palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô.



Emprego do g ou j


Emprega-se a letra g


- nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio.

- nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem.



Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana: pajé, canjica, jirau.



Emprego de s, c, ç, sc, ss.



- verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess.

ceder – cessão.

conceder - concessão.

retroceder - retrocesso.

Exceção: exceder - exceção.


- nos verbos grafados com nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns.

ascender – ascensão

expandir – expansão

pretender – pretensão.


- verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção.

deter – detenção

conter – contenção.



Por Marina Cabral

Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

Equipe Brasil Escola

terça-feira, 9 de março de 2010

Reflexão Semanal!

"Se não houver frutos,
valeu a beleza das flores.
Se não houver flores,
valeu a sombra das folhas.
Se não houver folhas,
valeu a intenção da semente."


Mauricio Francisco Ceolin

Artes 1º Ano- Teatro :A Megera Domada





Literatura - 3º Ano 1º Bimestre - Lista de Livros e Filmes




A VANGUARDA EUROPÉIA: Século XIX, passou a definir artistas e intelectuais que, não satisfeitos com o que então se produzia, buscaram novas formas de expressão artística, tanto na linguagem como na composição.



PRÉ-MODERNISMO : Século XX, ruptura com o passado; denúncia da realidade brasileira; tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, o caipira paulista, o homem do subúrbio do Rio de Janeiro.



MODERNISMO: Século XX; Arte moderna, retomada das questões sociais, visão critica da realidade, originalidade, humor, ruptura com o passado, liberdade formal e expressiva.




1. Vanguarda Européia :

Proposta: dividir a sala em no mínimo cinco grupos para que cada grupo fique com um manifesto:

• Futurismo

• Expressionismo

• Cubismo

• Dadaísmo

• Surrealismo

A exposição  será feita em forma de seminários, releitura das artes plásticas.



Sugestão de Filmes:

O Gabinete do doutor Caligari(1919). Direção: Robert Wiene

Um dos principais filmes do Expressionismo alemão, movimento que englobou também a literatura e as artes plásticas. A história narra o domínio do doutor Caligari sobre o sonâmbulo Cesare, que mata pessoas sob suas ordens.



Os amores de Picasso(1996). Direção: James Ivory

Este filme mostra um pouco do temperamento e da genialidade de picasso e parte de sua movimentada vida amorosa.



A Guerra de Canudos(1997).Direção: Sergio Rezende.

No filme, a guerra serve de pano de fundo para a história de uma família de sertanejos que decide seguir Antônio Conselheiro depois de ouvir suas pregações.



Policarpo Quaresma (1997). Direção: Paulo Thiago.

Adaptação do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto.



Baile Perfumado (1997). Direção Paulo Caldas e Lírio Ferreira.

Cinebiografia do libanês Benjamin Abrahão, o único a filmar Lampião e seu bando. Além de mostrar as mortes de padre Cícero e Lampião, enfoca o aburguesamento do cangaço e a modernização do sertão. Filme muito elogiado pela crítica na época de seu lançamento.



Macunaíma (1969). Direção Joaquim Pedro de Andrade.

Adaptação livre do romance-rapsódia de Mário de Andrade. Conta as peripécias de Macunaíma, “ o herói sem nenhum caráter”, na selva e, depois, na cidade grande. o personagem é interpretado por Grande Otelo e, depois de “embranquecer”, por Paulo José.



Revolução de 30 (1980). Direção: Sylvio Back

Colagem de documentários e filmes de ficção, fotografias e gravações de época, mostrando desde os antecedentes até as conseqüências do movimento.



Vidas Secas(1963). Nelson pereira dos Santos.

Adaptação do romance de Graciliano Ramos sobre a história dos retirantes – Fabiano, sua mulher, Sinhá Vitória, os filhos e a cachorra Baleia – que tentam sobreviver em meio à miséria do sertão nordestino.



Morte e Vida Severina/ Quincas Berro D’Água(1982). Direção: Walter Avancini.

Numa só fita, dois especiais produzidos pela Rede Globo. O primeiro é uma adaptação do Auto de Natal pernambucano, do poeta João Cabral de Melo Neto; o segundo, da novela de Jorge Amado A morte de Quincas Berro D’água.





http://intra.sed.ms.gov.br/coeb/Arquivos.aspx

1º Bimestre - Atividade de Artes

Assista ao filme Guerra do Fogo


A partir da apreciação do filme responda:

• Quais as semelhanças e diferenças entre humanos e animais?

• O que caracteriza o humano?

• Indique uma cena do filme em que o lado humano fica evidente.

• Indique uma cena do filme em que o lado humano se confunde com o lado animal.

• Que relação existe entre o constituir-se humano e o domínio do fogo?

• Nascemos humanos ou nos tornamos humanos? Para discutir a questão, escolha duas opções das relacionadas abaixo e faça uma pesquisa a respeito dos assuntos. Depois desenvolva um texto argumentativo, abordando cada assunto escolhido e suas implicações com o nascer humano ou com o tornar-se humano:

• Sob o ponto de vista da liberdade humana.

• Sob o ponto de vista de ser contra ou a favor o Aborto.

• Sob o ponto de vista do racismo e da crítica que pode ser feita.

• Sob o ponto de vista dos colonizadores e dos colonizados.

• Os textos serão apresentados à turma como motivação para debate que será organizado pelo (a) professor (a).

• Depois que todas as questões estiverem resolvidas e discutidas, pense novamente sobre os quatro ponto de vistas acima citados, escolha um deles e faça um desenho ilustrativo do ponto escolhido.

• Material: papel Kraft e Carvão de churrasco.

Fonte:
http://intra.sed.ms.gov.br/coeb/Arquivos.aspx

Arte na Pré-História


Arte na Pré-história


O Homem desde a Pré-História procurou representar por meio de imagens, sons e gestos o meio em que vive, essa é uma necessidade de perpetuar a cultura do seu tempo como também expressar sua maneira de ver o mundo que o cerca. Acredita-se também que eles associavam as suas criações artísticas a ritos, crenças, religiões e por meio das suas pinturas, esculturas e lages gravados conseguimos obter informações sobre seus desejos, sua cultura, suas preocupações e seus sonhos.

O homem da Pré-História representou seu tempo nas paredes das cavernas, a essa arte foi dado o nome de rupestre. Muitos locais foram pesquisados e foram encontradas imagens Pré-Históricas nas cavernas de Lascaux e Chauvet na França, de Altamira na Espanha, de Tassili na região do Saara África, do município de São Raimundo Nonato no Piauí e em Mato Grosso do Sul em Miranda, Dourados, Aquidauana e outros.

Esses pioneiros da arte não assinaram suas obras tornaram-se anônimos. Usavam tinturas vegetais e carvão.



Arte na Pré-História brasileira

O Brasil possui valiosos sítios arqueológicos em seu território, embora nem sempre tenha sabido preservá los. Em Minas Gerais, por exemplo, na região que abrange os municípios de Lagoa Santa, Vespasiano, Pedro Leopoldo, Matosinhos e Prudente de Moraes, existiram grutas que traziam, em suas pedras, sinais de uma cultura pré histórica no Brasil. Algumas dessas grutas, como a chamada Lapa Vermelha, foram destruídas por fábricas de cimento que se abasteceram do calcário existente em suas entranhas. Além dessas cavernas já destruídas, muitas outras se encontram seriamente ameaçadas?

Das grutas da região, a única protegida por tombamento do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) é a gruta chamada Cerca Grande. Ela é considerada importante monumento arqueológico por causa de suas pinturas rupestres e de fósseis descobertos em seu interior, indicadores de antigas culturas existentes em nosso país?

Em 1978, uma missão franco brasileira coletou uma grande quantidade de dados e vestígios arqueológicos. Esses cientistas chegaram conclusões esclarecedoras a respeito de grupos humanos que habitaram a região por volta do ano 6 000 a.C., ou talvez numa época mais remota ainda. Segundo as pesquisas, os primeiros habitantes da área de São Raimundo Nonato provavelmente caçador-coletores nômades e seminômades utilizavam as grutas da região como abrigos ocasionais A hipótese mais aceita, portanto, é a de que esses homens foram os autores das obras pintadas e gravadas nas grutas da região.

Arte na Pré-História em Mato Grosso do Sul

Vandalismo ameaça sítios arqueológicos de MS

Clipping
30/10/2002

Agência Brasil - ABr - Os sítios arqueológicos de Mato Grosso do Sul estão ameaçados pelo vandalismo e é preciso se buscar medidas urgentes que garantam sua preservação. A colocação é do professor Gilson Rodolfo Martins e foi exposta à semana passada no 6º Encontro Nacional de Turismo com Base Local em Campo Grande (MS).

Martins, doutor em arqueologia, disse que além da ação humana os sítios arqueológicos do estado também sofrem a deterioração natural, principalmente na arte rupestre, por meio da erosão, dos cupins, do excesso de sol e da chuva. Entre os tópicos mais ameaçadores ele listou o desmatamento, as queimadas, as atividades agropastoris, as usinas hidrelétricas, as estradas, os gasodutos e o vandalismo de visitantes sem educação.

O arqueólogo também exemplificou algumas soluções: "No estado ainda não há o turismo arqueológico e Mato Grosso do Sul terá benefícios econômicos por intermédio de um turismo cultural, educacional e preservacionistas dos sítios". Martins ainda sugere a elaboração de projetos para controlar a visita e diminuir os processos erosivos dos sítios.

Vangardas Européias

As vanguardas européias são os movimentos culturais que começaram na Europa no início do século XX, os quais iniciaram um tempo de ruptura com as estéticas precedentes, como o Simbolismo.

Nesse período, a Europa estava em clima de contentamento diante dos progressos industriais, dos avanços tecnológicos, das descobertas científicas e médicas, como: eletricidade, telefone, rádio, telégrafo, vacina anti-rábica, os tipos sanguíneos, cinema, RX, submarino, produção do fósforo. Ao mesmo tempo, a disputa pelos mercados financeiros (fornecedores e compradores) ocasionou a I Guerra Mundial.

O clima estava propício para o surgimento das novas concepções artísticas sobre a realidade. Surgiram inúmeras tendências na arte, principalmente manifestos advindos do contraste social: de um lado a burguesia eufórica pela emergente economia industrial e, de outro lado, a marginalização e descontentamento da classe proletária e a intensificação do desemprego (especialmente após a queda da bolsa de Nova Iorque em 1929).
O Brasil, por sua vez, passou de escravocrata para mão de obra livre, da Monarquia para República.
Os movimentos culturais desse período, responsáveis por uma série de manifestos, são: Futurismo, Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo, chamados de vanguardas européias.
“Vanguardas”, por se tratar de movimentos pioneiros da arte e da cultura e “européias” por terem origem na Europa.



Monteiro Lobato



Escritor brasileiro nascido em Taubaté, SP, expressão máxima da literatura infantil brasileira. Filho do fazendeiro José Bento Marcondes Lobato e de dona Olímpia Augusta Monteiro Lobato, além de inventor e maior escritor da literatura infanto-juvenil brasileira, tornar-se-ia um dos personagens mais interessantes da história recente desse país. Seus primeiros estudos foram feitos em Taubaté, transferiu-se para São Paulo matriculando-se na Faculdade de Direito pela qual se bacharelou (1904). Depois residiu durante sete anos em Areias, SP, onde trabalhou como promotor público. Abandonou o cargo e, por algum tempo, viveu na fazenda que herdara do avô. Nessa época começou a publicar os primeiros contos em O Estado de S. Paulo. Comprou a Revista do Brasil (1917), da qual já era colunista e nela editou sua primeira coletânea de contos, Urupês (1917), criando o personagem Jeca Tatu. O livro trouxe-lhe finalmente a fama, e algum tempo depois, o grande autor passou a se dedicar a à literatura infantil (1921), onde escreveu obras de grande imaginação, em que se valeu de recursos ficcionais como veículos didáticos da matemática, da geografia, da história e das ciências, entre eles Reinações de Narizinho (1921), O saci (1921), O marquês de Rabicó (1922), A caçada da onça (1924), Viagem ao céu (1932), Novas reinações de Narizinho (1933) e O Pica-Pau Amarelo (1939), que fizeram a alegria e paixão de muitas gerações de crianças no Brasil. Essas histórias desenvolviam-se em um local imaginário, o sítio do Pica-Pau Amarelo, habitado por uma encantadora galeria de tipos como a irreverente Emília, o sentencioso visconde de Sabugosa, a bondosa e disciplinadora Dona Benta, o marquês de Rabicó, envolvidos com muitos personagens do folclore e lendas brasileiras. Na política foi caracterizado como um intelectual engajado na causa do nacionalismo. Adido comercial nos Estados Unidos (1926-1931), de volta ao Brasil, publicou América (1932) e deu início a uma campanha nacionalista pela produção de aço e petróleo. Simpatizante comunista, publicou também O escândalo do petróleo e do ferro (1936) e tentou, sem êxito, organizar uma companhia petrolífera mediante subscrições populares, o que lhe valeu uma condenação pelo Tribunal de Segurança Nacional a seis meses de prisão. Após cumprida a metade da pena, foi libertado e mudou-se para a Argentina, mas logo voltou a morar no Brasil. Crítico de costumes, no qual não falta a nota do sarcasmo e da caricatura, em sua obra há livros de ficção e outros sobre questões sociais, políticas e econômicas, mas todos apresentam caráter nacionalista e interesse pelos problemas do país e pela construção de seu futuro. Esta luta pelo petróleo acabaria por deixá-lo pobre, doente e desgostoso. Morreu na madrugada de 5 de julho (1948) na capital de São Paulo, de um acidente vascular, e sob forte comoção nacional, seu corpo é velado na Biblioteca Municipal e o sepultamento realizado no Cemitério da Consolação. Além de Urupês, destacam-se Cidades mortas (1919), Negrinha (1920), A onda verde (1921) e O macaco que se fez homem (1923).




Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/BIOGVINC.htm

Pré-Modernismo no Brasil


O avanço científico e tecnológico no início do século XX traz novas perspectivas à humanidade. As invenções contribuem para um clima de conforto e praticidade. Afinal, o telefone, a lâmpada elétrica, o automóvel e o telégrafo começam a influenciar, definitivamente, a vida das pessoas.

Além dessas, a arte mostrou um inovado meio de comunicação, diversão e entretenimento: o cinema.


É em meio a tanto progresso que a 1ª Guerra Mundial eclode. Em meio a tantos acontecimentos, havia muito que se dizer, e por isso, a literatura é vasta nos primeiros anos do século XX. Logo, os estilos literários vão desde os poetas parnasianos e simbolistas (que ainda produziam) até os que se concentravam na política e nas peculiaridades de sua região.

Chamamos de Pré-Modernismo a essa fase de transição literária entre as escolas anteriores e a ruptura dos novos escritores com as mesmas.

Enquanto a Europa preparava-se para a guerra, o Brasil vivia a chamada política do “café-com-leite”, onde os grandes latifundiários do café dominavam a economia.

Ao passo que esta classe dominante e consumista seguia a moda europeia, as agitações sociais aconteciam, principalmente no Nordeste.

Na Bahia, ocorre a famosa “Revolta de Canudos”, que inspirava a obra “Os Sertões” do escritor Euclides da Cunha. Em 1910, a rebelião “Revolta da chibata” era liderada por João Cândido, o “Almirante Negro”, contra os maltratos vividos na Marinha.

Aos poucos, a República “café-com-leite” ficava em crise e em 1920 começam os burburinhos da Semana de Arte Moderna, que marcaria o início do Modernismo no Brasil.

Os principais escritores pré-modernistas são: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Graça Aranha e Augusto dos Anjos.


Os marcos literários são, especialmente, o já citado “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, e Canaã, de Graça Aranha.
O Pré-Modernismo não chega a ser considerado uma “escola literária”, pois não há um grupo de escritores que seguem a mesma linha temática ou os mesmos traços literários.



Por Sabrina Vilarinho
Equipe Brasil Escola

As Primeiras manifestações da Arte Visual

AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DA ARTE VISUAL


Podemos definir a pré-história como um período anterior ao aparecimento da escrita.Portanto esse período é anterior a 4.000 a.c pois foi por volta deste ano que os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. Foi uma importante fase pois o homem conseguiu vencer as barreiras imposta pela natureza e prosseguir com o desenvolvimento da humanidade da terra.O ser humano foi desenvolvendo aos poucos soluções práticas das necessidades, ao mesmo tempo foi desenvolvendo uma cultura muito importante. Esse período pode ser dividido em duas partes: Paleolítico e Neolítico.

PALEOLÍTICO: Nesta época o ser humano habitava nas cavernas muitas vezes tendo que disputar esse tipo de habitação com animais selvagens.Quando acabava o alimento da região as famílias tinham que mudar para outro lugar(vida nômade). Vivia da caça dos animais,pesca ,coleta de frutos e raízes.Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras.Os bens de produção eram de uso e propriedade coletiva.



DESENHO PRIMITIVO E SÍMBOLOS


Períodos Literários

Quinhentismo (século XVI)




Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização. Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou uma literatura de Informação ( de viagem ) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra.



Barroco ( século XVII )



Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual. Metáforas, antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período. Podemos citar como principais representantes desta época: Bento Teixeira, autor de Prosopopéia; Gregório de Matos Guerra ( Boca do Inferno ), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes.



Neoclassicismo ou Arcadismo ( século XVIII )



O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia e de seus valores. Esse fato influenciou na produção da obras desta época. Enquanto as preocupações e conflitos do barroco são deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão. A linguagem complexa é trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no campo são retomados ( fugere urbem = fuga das cidades ) e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher amada. As principais obras desta época são: Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa, O Uraguai de Basílio da Gama, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antonio Gonzaga, Caramuru de Frei José de Santa Rita Durão.



Romantismo ( século XIX )



A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real portuguesa em 1808, e a Independência do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na literatura do período. Como características principais do romantismo, podemos citar : individualismo, nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes, idealização da mulher, espírito criativo e sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. As principais obras românticas que podemos citar : O Guarani de José de Alencar, Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães, Espumas Flutuantes de Castro Alves, Primeiros Cantos de Gonçalves Dias. Outros importantes escritores e poetas do período: Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e Souza.



Realismo - Naturalismo ( segunda metade do século XIX )



Na segunda metade do século XIX, a literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais. Os escritores e poetas realistas começam a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser humano. Como características desta fase, podemos citar : objetivismo, linguagem popular, trama psicológica, valorização de personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas, crítica social, visão irônica da realidade. O principal representante desta fase foi Machado de Assis com as obras : Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas Aluisio de Azedo autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompéia autor de O Ateneu.



Parnasianismo ( final do século XIX e início do século XX )



O parnasianismo buscou os temas clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores parnasianos usavam uma linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Diziam que faziam a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.



Simbolismo ( fins do século XIX )



Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broquéis de João da Cruz e Souza. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo suas obras de misticismo e religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos, carregando os textos de subjetivismo. Os principais representantes do simbolismo foram: Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens.



Pré-Modernismo (1902 até 1922)



Este período é marcado pela transição, pois o modernismo só começou em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo, positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. Os principais autores deste período são: Euclides da Cunha (autor de Os Sertões), Monteiro Lobato, Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma e Augusto dos Anjos.



Modernismo (1922 a 1930)



Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura modernista são : nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos) , linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas : Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.



Neo-Realismo (1930 a 1945)



Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Destacam-se as seguintes obras : Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fogo Morto de José Lins do Rego, O Quinze de Raquel de Queiróz e O País do Carnaval de Jorge Amado. Os principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecilia Meireles.

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