segunda-feira, 8 de abril de 2013

Uma leitura de Tristão e Isolda



 
A obra Tristão e Isolda é originária de uma tradição oral popular. Várias são as versões que daí surgiram, as mais conhecidas são Roman de Tristan, do normando Béroul, que data de 1170 et Tristan de Thomas d’Angleterre, datada de 1175. A tradução que utilizaremos é do original intitulado Le Roman de Tristan et Iseut, escrita em 1900, par Joseph Bédier.
Esse romance entra na história da literatura no século XII, quando esta deixava de ser exclusivamente em latim, que poucos compreendiam, e começava a ser escrita nas línguas ditas “vulgares”. Nesse período tivemos um tipo de narração intitulada literatura cortês, caracterizada, entre outros, pelo “amor cortês” que, apesar da oposição, não deixava de possuir alguns traços do “amor dionisíaco”.
Amor cortês foi um conceito europeu medieval de atitudes, mitos e etiqueta para enaltecer o amor, e que gerou vários gêneros de literatura medieval, incluindo o romance. Ele surgiu nas cortes ducais e principescas das regiões onde hoje se situa a França meridional, em fins do século XI. Em sua essência, o amor cortês era uma experiência contraditória entre o desejo erótico e a realização espiritual, "um amor ao mesmo tempo ilícito e moralmente elevado, passional e auto-disciplinado, humilhante e exaltante, humano e transcendente. (pt.wikipedia.org)
Este tipo de amor representa a relação apaixonada, comumente, entre uma dama casada e um homem solteiro, dito “jovem” neste contexto literário. Aí, em seu ápice, este sentimento tornou-se o terreno onde todas as perfeições morais e culturais floresceram. Devido a este estilo, o amante é puro e virtuoso.
Na época, o Teocentrismo e a Igreja, que detinha o poder, tinham uma influência muito forte sobre os atos e pensamentos humanos, como podemos observar nesse livro. É mostrado como as pessoas, tanto a plebe quanto os poderosos, vêem a religião que muitas vezes, era focalizada através do ponto de vista de um “Falso Poder”; porém, outras vezes a crença era,  realmente, fortíssima.
A Igreja, passou, nessa época, a considerar o casamento como um sacramento equivalente à ordenação eclesiástica. Conseqüentemente, a separação passou a ser proibida, e o conceito de indissolubilidade do matrimônio foi adotado. Todavia, para que fosse contraído, era obrigatório o consentimento dos noivos. Assim sendo, a mulher poderia ter a liberdade de escolher quem mais lhe agradasse ou quem fosse digno de conquistá-la.
A história nos conta que um jovem, chamado Tristão, filho do rei Rivalino e Brancaflor, ficou órfão e foi servir ao Rei Marcos que, por sua vez, ficou sabendo que Tristão era seu sobrinho, somente, quando a corte precisou de um homem forte, de família nobre, para derrotar um gigante que, já há muito tempo, estava atormentando seu castelo.
Tempos passaram e Tristão encontrou uma linda mulher, chamada Isolda, para que seu tio pudesse se casar, ganhando-a, para ele, em uma luta e, como o combinado, levou-a para Cornualha. Havia uma poção mágica, que deveria ter sido dada a Isolda e seu futuro marido, todavia, foi Tristão quem, por engano, a tomou e os dois se apaixonaram. Como Isolda era esposa do rei, eles se encontravam às escondidas.
Brangia a serviçal de Isolda foi a culpada pelo ocorrido e, com a consciência pesada, criava oportunidades para que o casal adúltero pudesse se encontrar. Mesmo correndo perigo de serem pegos nas emboscadas feitas pelos homens da corte, Tristão e Isolda se amaram até a morte.
Visamos, aqui, verificar, de maneira concisa, algumas características dos personagens, e os aspectos que nos ajudam entender a estrutura e sua importância, tais como: Ordálio, amor cortês e erótico, a religião e o valor que têm, na obra, as três Isoldas que ocupam um papel fundamental no desenrolar das ações.
Personagens
Podemos observar uma mudança de personalidade em Isolda e Tristão conforme o desenrolar da narrativa.
Falaremos, primeiramente, de Tristão, que morava com seus pais em Tintagel, até que um dia, com a morte destes, foi para a Cornualha a procura de seu tio Rei Marcos. Chegando lá, não se identificou como seu sobrinho e, mesmo assim, ganhou-lhe a confiança.
Tristão possuía as características que o definem muito bem como personagem da literatura cortês: um rapaz forte, inteligente e deveras habilidoso. Era muito confiante em si mesmo e, para provar a sua lealdade ao soberano e ao seu povo, usava desta qualidade (ser forte) para mostrar que era honesto e que jamais seria desleal.
Sendo muito esperto, disse que traiu Marcos porque estava sob efeito da poção. Ele pode ser considerado como um homem “normal”, ou seja, caracterizado como alguém que ama e um herói que luta. Entretanto, passou de fiel à infiel, coisa que era inadmissível para ele, no início da narração. A virtude, ocupando lugar de destaque nesse estilo literário, não permite que os protagonistas assumam sua culpa, direcionando-a sempre para fora de si. Enquanto herói, Tristão jamais foi traidor, tornando-se, desta forma, um mito adorado por todos.
É possível fazer uma analogia com o nome de Tristão, que seria o aumentativo de Tristeza, para assim designar a grandeza de seu sofrimento, na luta entre o amor cortês e dionisíaco, durante todo o romance.
Outra personagem central é Isolda, que morava na Irlanda, juntamente com seus pais, o Rei Gormond e Isolda (a mãe). Igualmente denotando particularidades do gênero literário cortês, era uma moça muito bonita, de cabelos loiros e, por isso, muito cobiçada por homens de todas as idades e posições sociais. Foi, juntamente com Tristão, para Cornualha, porque estava prometida a se casar com o Rei Marcos. Por causa de sua acompanhante, Brangia, que a colocou em um triângulo amoroso, a personalidade de Isolda, sofreu mudanças logo no início da história, assim prosseguindo até o final, onde já estava completamente diferente.
No começo do livro, ela era ingênua, não possuía a malícia de sair-se bem de certas situações; o convívio com sua serviçal, Brangia, e com a necessidade de ludibriar seu marido, acabou por tornar-se uma mulher sagaz, inteligente e por demais esperta, livrando-se da condenação, com grande astúcia.
Passaremos ao terceiro personagem: Marcos, o Rei de Cornualha. Vivia rodeado pelos membros da sua corte e nada fazia sem a aprovação deles. Talvez, por isso, tenha passado ao leitor, a idéia de não possuir personalidade própria. Deixava-se levar, sempre, pelas opiniões dos seus aliados. Por causa das idéias alheias, foi induzido, principalmente pelos barões, a desconfiar de sua esposa e sobrinho.
Seus conselheiros eram pessoas invejosas, calculistas e queriam ver Tristão longe da amada. Armavam todas as emboscadas para que o rei pudesse ver “com que tipo de mulher ele casara” e que seu sobrinho não era tão fiel quanto ele pensava. No entanto, a valentia destes “traidores” não durava muito quando eram postos à luta, pois eram os primeiros a darem desculpas para livrarem-se da situação.
Quanto a Brangia, possuía características psicológicas marcantes, porém, o que a distinguiu dos outros foi, justamente, seu caráter ter continuado forte desde o início até o final da história.
Serviçal de Isolda, era fiel à sua senhora e nunca demonstrou ser desleal. Causadora do triângulo amoroso, desde o ocorrido, nunca mais abandonou sua patroa. Querendo compensar sua negligência, sempre fez com que Isolda matasse seu desejo encobrindo o “pecado”. Uma das provas de fidelidade que Brangia deu à sua senhora, foi quando deitou-se com Rei Marcos para fazer as vezes de sua esposa, sendo que ela ainda era virgem.
Assim como Brangia, temos Jorvenal que, também, foi fiel até a morte de seu senhor, Tristão. Ele nunca fez nada para que Tristão desconfiasse de sua lealdade. Por isso, sua personalidade se manteve estável durante toda a narração.
Ordálio
O Ordálio consistia a fazer o acusado passar diversas provas físicas com o objetivo de mostrar sua inocência. Isso acontecia diante da divindade tutelar da justiça que, por definição, não podia deixar o inocente sucumbir ou a injustiça triunfar.  
Há quem afirme, por causa do caráter religioso e místico marcante, que era uma espécie de mandamento que a Igreja possuía para punir as pessoas que pudessem, naquela época, vir a cometer o adultério. Não obstante, sendo associado a uma violência extrema, representa, do ponto de vista teológico, um teste à bondade divina, o que é condenado claramente pela bíblia e pela Igreja Católica.
Tristão e Isolda viviam em constantes “provações e emboscadas” e, era através delas que o Rei Marcos passou a desconfiar da lealdade dois. A cada aproximação dos amantes, havia um “invejoso” que tentava mostrar a falta de Tristão, para que o tio visse, com seus próprios olhos, que estava sendo traído.
Sempre no momento em que os amantes estavam sendo emboscados, estes encontravam uma grande saída e, geralmente, eram obrigados a usar da mentira para que se livrassem dos apuros e, assim, do ordálio.
Após a noite de núpcias, Kariado[1], fiel de Marcos, com inveja dos amantes e desejando o lugar de Tristão perante o soberano, começou a lhe mostrar que estava sendo enganado pela própria mulher e sobrinho. O rei pôs em prova a lealdade da esposa, simulando uma viagem, onde Isolda se traiu pedindo que ficasse protegida pelo amado.
A estratégia, entretanto, não deu resultado porque Brangia os alertara sobre o perigo que corriam, avisando-os que Kariado maquinara tudo para que ela se entregasse. Quando o esposo veio testá-la pela segunda vez, ela já estava preparada para que não deixasse que as suspeitas levantadas pelo vassalo prosseguissem, e quando ele diz: “Bela amiga – disse -, nada me é tão profundamente caro como vós, e o pensamento de que nos vamos separar, ...(p. 61). Isolda, em sua perspicácia, responde: “Em nome de Deus, ficai ou deixai-me, cativa, ir convosco”! (p. 61).
O rei achou esquisito a esposa ter mudado de idéia quanto a ficar sob a guarda de Tristão, mas, como ela sabia que estava sendo provada, prosseguiu a conversa citando-o:
... Finge ser meu amigo porque matou o meu tio e lisonjeia-me para que não me vingue dele, pode no entanto ter isto por certo: todos os seus belos semblantes não me podem consolar da grande dor, da vergonha e do mal que causou a mim e a minha família. Se não fosse vosso sobrinho, há já muito tempo que o teria feito sentir a minha cólera. Queria nunca mais o ver, nunca mais lhe falar.( p. 61).
Kariado não se convenceu e pediu ao rei para experimentá-la pela terceira vez. Isolda, novamente, traiu-se, pois não queria que Tristão fosse embora. Tentou defender a ida do amante. Contudo, quando percebeu que estava, mais uma vez, sendo provada, soube persuadi-lo de que Tristão nada representava para ela.
As dúvidas de Marcos se foram. No entanto, a inveja que os homens da corte sentiam dos amantes não permitiu que os deixassem em paz. Assim, nova estratégia foi providenciada. Audret, outro vassalo, fez com que o soberano fosse testemunhar o encontro dos dois sob um grande pinheiro. Todavia, como Tristão era uma pessoa muito esperta, não se intimidou quando percebeu que estava em uma armadilha, soube sair-se sem deixar nenhuma dúvida de sua lealdade.
Foi armada uma quinta emboscada, em que colocaram farinha no chão pra que deixassem rastros. Tristão, tendo a característica cortês de jovem deveras astucioso, quase escapou, mas foi apanhado pelo seu próprio sangue. Desta vez, não houve saída e seu tio acabou presenciando o ocorrido.
O fato fez com que o casal amedrontado fugisse, desaparecendo por dois anos, quando o rei os encontrou deitados numa cabana na floresta e, ainda assim, mesmo depois de tudo, convenceu-se que não havia sido traído, pois os encontrou juntos, deitados como irmãos, com a espada de Tristão desembainhada entre os dois. Este ato significava “respeito” e, por conseqüência, acreditou na lealdade dos dois.
Desta forma, Isolda teve a permissão de permanecer no castelo, entretanto, Tristão teria que partir. Para que o esposo voltasse a confiar plenamente em Isolda, esta armou uma situação, onde jurou, perante o rei Arthur e a Deus, que nunca traíra seu marido. Porém, consciente de que este falso juramento seria pecaminoso, e demonstrando sua crença, usou de dúbias palavras para que não mentisse a Deus e, como sempre, saiu-se bem.
Tristão voltou a encontrar-se com Isolda, mas o rei desconfiou de sua presença e foi persuadido, pelos seus “fiéis”, a colocar lanças no chão, para mais uma tentativa de emboscada. Não obstante, a astúcia de Tristão foi maior e não se deixou pegar.
Podemos dizer que a maneira como é mostrado o Ordálio, foi feita uma crítica a um dos mandamentos da lei de Deus ou, mais especificamente, ao modo como se tentava impor e conservar o sacramento da Igreja Católica; pois, como já foi dito, sua finalidade era de punir os amantes em caso de adultério e traição.
Todo o desenrolar da obra, marcado pelas tentativas de desmascaramento e pela vitória dos “pecadores” quer mostrar que a punição não vem de Deus e este “mandamento” era a amostra de um “falso poder”: para os que mandavam (governavam) era mais fácil manter o poder fazendo com que as outras pessoas acreditassem que o Poderoso iria puní-los aqui mesmo, na terra. Este castigo, entre outros, era a fogueira. Uma vez que “Deus” fosse o responsável, a culpa deixava de ser humana.
Por outro lado, além de ser mostrado que existiam pessoas que se utilizavam da fé como uma simples forma de provar que era a lei de Deus que punia e não os homens, é apontado, também, que a fé que as pessoas desta época possuíam podia ser uma crença verdadeira ou, apenas, uma educação religiosa recebida dos pais.
A Religião e a Trindade das Isoldas
Observamos que a religião tem lugar de destaque, demonstrando a crença e o misticismo da época. Várias vezes é mencionado o nome de Deus ou falado claramente sobre a Igreja, santos, sinais religiosos ou, ainda, há muitas alusões a termos ou fatos bíblicos.
Disso, queremos destacar a trindade das Isoldas. São três mulheres de caráter bastante diferentes, mas com o mesmo objetivo: o “amor verdadeiro”. As características de cada uma destas personagens estão marcadas pelas suas ações e anseios. Poderia ser uma analogia ao Pai, Filho, Espírito Santo, cada um com suas características, todos chamados “Deus”, em busca de um mesmo alvo: não o amor verdadeiro, mas fazer conhecer esse AMOR que são eles próprios.
Tudo começou com Isolda, mãe, representando um ser mitológico que acreditava que, através da poção mágica, a sua filha iria se apaixonar pelo prometido e ser feliz. Ela estava preocupada com a preservação da família que a sua filha iria adquirir casando-se com o Rei Marcos.
Desejava, além disso, defender a moral de sua filha, pois se caso Isolda não viesse a gostar do soberano, seu casamento não iria dar certo, terminando, possivelmente, por um adultério e, conseqüentemente, pela separação. Naquela época isso seria inadmissível, escandaloso e imoral. Além do mais, Isolda, a mãe, queria a união das famílias nobres, ou seja, a união do reino Gormond com o reino de Marcos.
Isolda Loira (filha) era a imagem da sedução, sendo que todos os homens não conseguiam resistir à tal beldade. Era considerada como o símbolo da beleza. Uma mulher movida pelo amor carnal e pela paixão (o amor erótico). Amante e amada. Fiel a Tristão, pois por nada deixou de amá-lo, contudo, infiel ao Rei Marcos, porque jamais deixou de amar Tristão.
Tudo isto teve início por causa da poção mágica feita por Isolda mãe. Antes da poção, Isolda Loira possuía um amor cortês, que foi transformado no amor erótico, ou seja, o amor dionisíaco que é conduzido, não pela razão, mas por um feitiço. Um amor que se transforma numa louca paixão, onde os amantes estão sempre correndo riscos por causa dela. Assim era o sentimento entre os personagens principais. Todavia, veremos que, depois do efeito da poção, eles voltam ao estado inicial recuperando, racionalmente, o amor cortês.
Com o fim do sortilégio teve início o predomínio da razão. Tristão e Isolda Loira agora conscientes dos seus atos, não deixaram de se amar, mas sabiam que não poderiam continuar juntos ocorrendo, então, a separação.
Algum tempo depois que acabou o efeito da poção, Tristão conheceu outra Isolda, a das mãos brancas, e com ela, viveu um amor cortês. Esta Isolda era uma mulher bonita, ingênua, pura, leal e honesta. Foi iludida e aceitou a viver apenas com os carinhos de Tristão. O amor vivido por esses dois foi movido pela razão e eles acabaram se casando. Para ele, este casamento foi uma fuga, onde esperava esquecer a Isolda Loira. O amor carnal não foi concretizado e deu-se o amor cortês. Mas, esta união não deu em nada, fracassando.
Isolda das mãos brancas descobriu que estava sendo enganada e, impulsionada pelo ciúme, mentiu. A mentira levou Tristão e, em seguida, Isolda Loira à morte. A concretização do amor em Tristão e Isolda Loira só foi possível acontecer logo depois de suas mortes, sendo evidente, assim, que precisaram da terceira Isolda para que o amor perdurasse eternamente.
No túmulo de Isolda, a loira, plantou uma roseira vermelha e no de Tristão um cepo de nobre vinha. Os dois arbustos cresceram juntos e os seus ramos entrelaçaram-se tão intimamente que foi impossível separá-los; de cada vez que os podavam,  tornavam a crescer com todo o vigor e confundiam a sua folhagem. (p. 175).
Constatamos que a reunião destas três Isoldas resultou na formação da “mulher comum”, que é a verdadeira deusa. Aquela que tudo faz pelos filhos e pelo amor quando se sente traída. As ações são causadas pelas três, e cada uma delas teve fundamental importância no romance. Importância que, até então, as mulheres não tinham nas obras literárias.
Temos, no livro, a ação proveniente dos atos heróicos de Tristão. Nota-se, claramente, que todo o desencadeamento das ações teve o seu início, propriamente dito, com a vitória de Tristão sobre o Norholt. O narrador procurou mostrar todo um mundo de ficção e magia, com intuito de deixar transparecer, claramente, o sentido e a capacidade heróica de Tristão.
Esta obra foi fundamental, para a época, por retratar mudanças ideológicas, culturais e sociais que estavam ocorrendo. A mulher começava a ter um papel mais relevante na literatura e isso influenciava em todo contexto. O papel da religião, também, estava sendo questionado. Podemos, conseqüentemente, afirmar que a obra foi um grande passo para os posteriores. A inovação, a partir dela, foi constante, sobretudo, no que se refere ao lugar que a mulher, a religião e o poder passam a ocupar, literariamente, daí em diante.
 
Bibliografia
Tristão e Isolda. (Trad. de Mª Braamcamp Figueiredo), Rio de Janeiro. Publicações Europa-América, LDA, 1982.




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