terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Reflexão semanal!

 
                                          O valor da persistência
Confundir persistência com teimosia é um grande equívoco. Persistir é manter seus objetivos sempre no foco e mesmo nas maiores dificuldades ou enfrentando obstáculos que poderiam se tornar intransponíveis, você resistir e continuar.
Não é bater na mesma tecla, não é teimosia, não é arrogância, não é manter-se no caminho a qualquer custo. É simplesmente não desistir mantendo-se ético no caminho todo.
Quando traçamos objetivos, o grande mérito em atingi-los também é que façamos o caminho todo e independentemente das dificuldades, o cumpramos.
Quanto vale você saber que persistiu, que não se entregou às dificuldades, que deu o máximo de você mesmo, que fez por merecer?
Tangível talvez este valor não seja, mas você se reconhecer como uma pessoa que persiste, que vai atrás e que faz, talvez sim, seja este o melhor dos valores.
Mesmo que não possamos medi-lo, podemos senti-lo: perceber em nós mesmos o quanto é importante persistir.
Os benefícios não são apenas para o próprio ego, mas impactam também nas pessoas que nos cercam. Elas começam a entender que se alguém consegue, elas também conseguem e aí você se torna referência e pode pelo seu exemplo tornar os processos em que você atua, muito melhores.
Sempre uma questão de atitude.
Persistir é uma decisão que você toma: não existe uma pessoa meio persistente, ou ela é ou não é.
A persistência é uma excelente característica daqueles que buscam crescer. Você só sai do lugar se persistir e se nunca desistir d’aonde pretende chegar.
Sempre é muito bem visto quem persiste, e com ética se mantém forte no caminho.
O que é fundamental ser considerado é que se você considerar que o caminho seguido não funciona, não desista, encontre outro; o importante é você não desistir de enxergar saídas.
Nunca desista de enxergar.
Escolha enxergar que você pode chegar aonde quiser. Persista.

Imagem:   
http://blog.cancaonova.com/ananeri/files/2007/08/050911_forca2.jpg

Classes Gramaticais variáveis

Substantivo, verbo, adjetivo, artigo, numeral e pronomes

Fonte: http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u3.jhtm



As classes variáveis são: artigo, adjetivo, pronome, numeral, substantivo e verbo.

Invariáveis: advérbio, conjunção, interjeição e preposição.


Existem também as classes sintáticas, que são outra divisão das palavras, de acordo com sua função na frase. Veja, a seguir, a função das classes de palavras variáveis:

Classes gramaticais
Função ou sentido
Palavra que serve para designar os seres, atos ou conceitos; nome.
Substantivos de dois números
Substantivo que tem a mesma forma para o singular e o plural: lápis, vírus, ônibus, mil-folhas.
Substantivos de dois gêneros
São substantivos que têm a mesma forma para seres de ambos os sexos, sendo o gênero marcado pelo artigo que os precede. Exemplos: o/a colega, o/a agente, o/a lojista.
Substantivos sobrecomuns
Têm a mesma forma para o masculino e o feminino, não variando sequer o artigo ou o adjetivo que os acompanha. Exemplos: a pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o monstro.
Verbo
Palavra que expressa ação, estado ou fenômeno. É a classe gramatical mais rica em variação de formas, podendo mudar para exprimir modo, tempo, pessoa, número e voz. No dicionário, são encontrados no modo infinitivo, que é, por assim dizer, o nome do verbo. Exemplos: Fugir, estar, chover, comprar, ser, anoitecer.
Adjetivo
Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe atribuir uma qualidade. Exemplos: mulher linda, livro divertido, árvore alta, olhos azuis.
Adjetivo de dois gêneros
É um adjetivo que mantém a mesma forma tanto quando se refere a substantivos masculinos quanto a femininos. Exemplos: Sugestão aceitável, convite aceitável, obra incrível, livro incrível, rapaz adorável, moça adorável.
Adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros
Trata-se de palavra que pode ser classificada como adjetivo ou como substantivo e mantêm a mesma forma para os dois gêneros. Exemplos: Um jovem rebelde (neste caso, jovem é o substantivo e rebelde, sua qualidade, o adjetivo). Um rebelde jovem (neste caso, ocorre exatamente o contrário)
Artigo
Artigo definido
Artigo indefinido
Palavra que se coloca antes do substantivo, determinando-o e indicando seu gênero e número (artigo definido: a, as, o, os) ou (artigo indefinido: um, uma, uns, umas).
Pronome
Palavra que substitui o nome ou que o acompanha tornar claro o seu significado. Os pronomes se dividem nas seis grandes classes a seguir:
Pronomes pessoais
Designam as três pessoas do discurso (no singular ou no plural). Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco.
Também são pessoais os pronomes de tratamento: você, o senhor, a senhora, vossa senhoria, vossa Excelência, etc.
Pronomes possessivos
Indicam a posse em relação às pessoas do discurso: Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas.
Pronomes demonstrativos
Indicam o lugar ou a posição dos seres em relação às pessoas do discurso.
1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.
2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.
3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Pronomes relativos
Representam numa oração os nomes mencionados na oração anterior. Exemplo: O livro que comprei é muito bom. São pronomes relativos: Que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais, as quais.
Pronomes indefinidos
Referem-se à terceira pessoa do discurso num sentido vago ou exprimido quantidade indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre alcança. São pronomes indefinidos: algum, nenhum, qualquer, ninguém, onde, etc.
Pronomes interrogativos
Os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto, quando são usados para formular uma pergunta.
Numeral
Palavra que designa os números ou sua ordem de sucessão. Exemplos:
Cardinais: quatro, vinte, trinta.
Ordinais: quarto, vigésimo, trigésimo.
Fracionários: meio, um terço, um quinto.
Multiplicativos: duplo, triplo, quádruplo.

VERBOS

Verbo - definição

O que é e para que serve




  • Definição


  • Podemos entender o verbo como o elemento que, dentro de uma frase, permite àquele que fala ou escreve situar eventos no tempo com relação ao momento em que seu discurso está sendo produzido.
    De uma maneira geral, verbos exprimem ações, mas muitos deles também permitem manifestar sentimentos, sensações, estados e fenômenos naturais. É próprio de um verbo evocar um processo, isto é, o desenrolar de eventos para os quais podemos identificar seu início e fim.


  • Função


  • O verbo funciona como um articulador entre os diferentes elementos que constituem uma frase. Assim, podemos entendê-lo como um núcleo que, uma vez combinado com estes outros elementos, assegura um sentido à frase.
    Se suprimido, os outros elementos são privados de um elo entre eles, o que torna difícil compreender o propósito da mensagem a ser transmitida.


    Conjugador de verbo:
    http://linguistica.insite.com.br/cgi-bin/conjugue

    DIFICULDADES DA LÍNGUA EM USO

    EMBAIXO / EM CIMA

    Cuidado com a grafia destas palavras: embaixo temos uma única palavra, já o seu
    antônimo em cima deve ser grafado separado.

    (AO) ENCONTRO / (DE) ENCONTRO

    “Ao encontro de” e “de encontro a”, são locuções antônimas. A locução ao encontro
    de exprime conformidade, situação favorável.
    Ex. Ele veio ao encontro dos meus desejos (=satisfez os meus desejos).
    Já a locução de encontro a exprime oposição, choque;
    Ex. Ele veio de encontro aos meus desejos (=contrariou os meus desejos).
    ESTADOS UNIDOS
    Quando o sujeito é um nome que só se usa no plural (Estados Unidos, Minas Gerais,
    Alagoas, férias, etc.) e não vem precedido de artigo, o verbo fica no singular. Caso
    venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.
    Exs. “Alagoas possui lindas paisagens”. Ou: “As Alagoas possuem lindas paisagens”.
    “Férias faz bem”. Ou: “As férias fazem bem”.
    “Os Estados Unidos enviaram poderoso reforço”. / “O Amazonas fica longe”.

    ESTRESSE / ESTRESS

    Palavra originária do inglês stress já devidamente aportuguesada, portando prefira
    sempre a grafia estresse.
    Veja que da forma aportuguesada obtemos as formas derivadas: estressado, estressante,
    etc.

    FÉRIAS


    Entrar de ou em férias.
    Tanto faz. É um caso facultativo.
    Você pode “entrar de férias ou em férias”, “ficar de férias ou em férias”, “sair de férias
    ou em férias”.
    FLUÍDO / FLUIDO
    A palavra fluido, empregada como substantivo (“corpo grosso”) ou como adjetivo
    (“característica de certas substâncias líquidas ou grossas”), não tem acento. Já a palavra
    fluído, particípio passado do verbo fluir (c”correr”, “provir”, “derivar”), recebe acento
    agudo no i, que forma hiato.

    FACE

    A locução face a (às vezes mutilada, restando o simples vocábulo face), cujo emprego
    aumentou acentuadamente de uns anos para cá, é uma construção estranha à língua
    portuguesa.
    A forma certa è em face de.
    INVÉS / EM VEZ
    Ao invés de significa “ao contrário de”.
    Ex. Ao invés do que previu a meteorologia, choveu muito ontem.
    Não confunda com em vez de, que quer dizer “no lugar de”.
    Ex. Em vez de jogar basquete, preferimos ver o vídeo do casamento do Carlos.

    GRAFIA DE SIGLAS

    O uso de maiúsculas e minúsculas em siglas, observa estes critérios:
    As siglas formadas por até três letras são grafadas em maiúsculas
    PL, CBD, ONU, OAB, etc.
    Nos casos de siglas com mais de três letras usamos inicial maiúscula e as letras
    seguintes, minúsculas.
    Sunab, Unesco, Telebrás, etc.
    Mas as siglas formadas por mais de três letras que não puderem ser pronunciadas como
    uma palavra, também serão escritas só com maiúsculas.
    PSDB, INSS, etc.

    HAJA VISTA

    A expressão haja vista é invariável: haja vista o Brasil, que vai se recuperando da
    economia; haja vista as proporções do nosso crescimento populacional. Finalmente, há a
    forma haja vista a (Haja vista a estes magníficos exemplos) e ainda há quem faça
    concordância do verbo haver com o elemento que vem depois de vista: Hajam vista as
    dimensões do Brasil.
    Mas, repita-se: a mais usada é a forma invariável haja vista.

    MAU / MAL

    Ela em geral acorda de mau humor.
    O contrário de bom é mau; o contrário de bem é mal.
    Então, se diz bom humor, deve-se dizer mau humor.
    Mau é um adjetivo. Sempre modifica um substantivo.
    Ex. Ele não é mau aluno, mas sempre teve maus professores.
    Já a palavra mal pode ocorrer como:
    Substantivo: Isto é um mal necessário.
    Advérbio: Eles cantam muito mal.
    Conjunção: Mal cheguei, vi que ela estava triste.
    Prefixo: As mal-amadas sempre são malcriadas.

    MEU VER

    Atenção: nessa locução não ocorre artigo. Portanto é a meu ver, e não ao meu ver.

    MENOR / DE MENOR

    Expressão popular largamente utilizada que significa “de menor de idade”, que ainda
    não atingiu a maioridade”. No padrão culto, deve-se utilizar a forma “menor de idade”.
    O mesmo vale para o antônimo de “maior”.
    Exs. Ser menor de idade. Ser maior de idade. Em vez de: Ser de menor. Ser de maior.

    NÍVEL


    A nível de é um modismo que quase virou um abuso, podemos dizer. Evite-o. Em vez
    de: “Trata-se de uma portaria a nível de ministério”, diga simplesmente: Trata-se de
    uma portaria de ministério (ou ministerial).
    Existe, porém, a expressão ao nível, que significa “a mesma altura”.
    Ex. Santos está ao nível do mar.
    ÓCULOS
    Quando significa lentes usadas em frente dos olhos, encaixadas em uma armação, o
    substantivo óculos só se usa no plural: os óculos, meus óculos, etc.
    É inadmissível dizer: um óculos.
    (Desejando-se usar o singular, talvez fosse aconselhável a expressão par de óculos; meu
    par de óculos; este par de óculos; etc.)

    A PAR / AO PAR

    A par = estar ciente.
    Ex. “Ele está a par de tudo”
    Ao par = título ou moeda de valor idêntico:
    Ex. “O câmbio está ao par”
    PERDA / PERCA
    Nunca se esqueça que perda é substantivo e perca é verbo.
    Evite a perda de tempo para que você não perca dinheiro.
    Não é correto dizer “perda a esperança”, nem reclamar das percas salariais.
    Diga: - Perca a esperança... / - Perdas salariais...
    (A) PRINCÍPIO / (EM) PRINCÍPIO
    (B) A PRINCÍPIO SIGNIFICA “INICIALMENTE”, “ANTES DE MAIS NADA”.


    PORQUE / POR QUE


    Juntar as duas palavras – por e que – ou mantê-las separadas é matéria controvertida. A
    melhor norma prática a se seguir é esta: só juntar os dois elementos num único caso –
    quando se tratar de uma resposta ou de uma explicação; nos demais casos constituem a
    grande maioria, separar os dois elementos.
    Exs. Não fui ao cinema porque estava sem dinheiro; Não posso casar porque estou
    desempregado; Reagi à ofensa porque não sou covarde; Já sei por que fui reprovado; foi
    porque não estava preparado.

    Veja a seguir as quatro grafias e seus empregos:
    1) Por que

    Usa-se para fazer uma pergunta, direta ou indireta.
    Exs. Por que você não me esperou? (pergunta direta)
    Quero saber por que você não me esperou. (pergunta indireta)
    Emprega-se, também, para substituir pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais,
    por qual, por quais.
    Exs. As dificuldades por que passei... (= pelas quais)
    Ignoro por que razões ela fez isso. (= por quais)

    2) Por quê

    É também interrogativo e se emprega sempre que vier imediatamente seguido do sinal
    de interrogação (na interrogação direta), ou de ponto final (na interrogação indireta).

    3) Porque

    É empregado para dar uma resposta ou explicação.

    Exs. Por que você não me chamou?
    Não o chamei porque você estava ao telefone.
    Não comprei a casa porque ela é muito pequena.
    Deixem-me ir agora, porque já estou atrasado.

    4) Porquê

    Trata-se de um substantivo, sinônimo de “causa”, “razão”,“motivo”. É por isso que vem precedido de artigo, o, os ou um.

    Exs. As crianças querem saber o porquê de tudo.
    Tudo na vida tem um porquê, a ciência procura os porquês dos fenômenos.

    DIFICULDADES DA LÍNGUA EM USO

    BENEFICÊNCIA / BENEFICENTE

    Talvez por influência das palavras eficiência e eficiente é muito comum o uso das
    formas erradas: beneficiência e beneficiente.
    O correto, portanto, é beneficente e beneficência.

    CÂMARA / CÂMERA

    A grafia câmara é sempre correta: Câmara Federal, música de câmara, câmara de
    vídeo, etc.
    Quando quisermos referir ao aparelho que capta imagens e as reproduz, ou a pessoas
    que o utiliza, pode-se usar câmera: câmera fotográfica, câmera de vídeo.
    COLORIR

    O verbo colorir e defectivo. Não possui a 1ª. Pessoa do singular do presente do
    indicativo nem presente do subjuntivo.
    Ex. Use pois, “eu estou colorindo”.
    Logo, não existe nem “eu coloro”(ô) nem “colóro”(ó).

    DESTRATAR


    Destratar significa “tratar mal”;
    Distratar significa “romper um trato”.
    Quando um contrato é rompido, o documento que se assina chama-se Distrato.
    Então, a frase “Ele foi distratado pelo patrão está errada.” O certo é “Ele foi
    destratado pelo patrão”.

    DESCRIMINAR / DISCRIMINAR

    Discriminar é “segregar, separar, listar”. Uma pessoa pode ser discriminada devido à
    sua religião, sua raça ou condição social ou cultural. Uma nota fiscal discriminada é
    aquela em que os itens estão “separados, listados”.
    Descriminar é inocentar, tirar a culpa de um crime, deixar de ser crime, alguns juristas
    preferem utilizar o neologismo Descriminalizar.

    DIFICULDADES DA LÍNGUA EM USO

    A ANOS / HÁ ANOS

    Se é de tempo que falamos, usa-se há para indicar tempo passado ( mesmo que “faz”).
    Exs. Há dois meses Carlos não aparece. / Ele chegou da fazenda há um ano.
    Usa-se a para indicar tempo futuro.
    Exs. Daqui a dois anos ele se manifestará. / Ele voltará daqui a um ano.

    HÀ MUITO TEMPO / A...

    Na indicação de tempo, empregamos.
    Há para indicar tempo decorrido, tempo passado; é o mesmo que faz:
    Ex. Há vinte anos que não ia à fazenda em que nasci.
    A para indicar tempo futuro.
    Daqui a cem anos talvez seja possível o deslocamento instantâneo de uma pessoa de um
    lugar para outro.
    Evite, porém, a construção “há muito tempo atrás”: ela é pleonástica, redundante. O
    verbo haver, referindo-se a tempo, dispensa o advérbio atrás porque indica tempo
    passado. Escreva simplesmente: há muito tempo...

    ACERCA DE / HÁ CERCA DE

    Acerca de é uma locução prepositiva, significando “a respeito de”.
    Ex. Os advogados do casal discutiram acerca da divisão dos bens.
    Há cerca de é uma expressão em que haver indica tempo decorrido, equivalente a
    “faz”.
    Ex. Há cerca de uma semana, os advogados discutiram a divisão de bens.

    AONDE / ONDE

    Usa-se aonde com verbos que dão idéia de movimento. Equivale sempre a “para onde”.
    Ex. Aonde você vai?
    E com os verbos que não dão idéia de movimento emprega-se onde.
    Ex. Onde estão os remédios?

    ASTERISCO

    Eis um erro muito comum: o sinal gráfico * chama-se asterisco (em grego, asteriskos
    designa estrelas) e não asterísticos.

    segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

    DIFICULDADES DA LÍNGUA EM USO

    DICIONÁRIO DE DIFICULDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA

    ABAIXO-ASSINADO / ABAIXO ASSINADO

    O documento que uma pessoa assina é um abaixo-assinado:
    Ex. “Entregamos o abaixo-assinado ao diretor.”.
    E quem assina um documento é um abaixo assinado:
    Ex. “O abaixo assinado, Fulano de Tal, vem respeitosamente...”.

    A FIM DE / AFIM

    A fim de é uma locução prepositiva que indica finalidade.
    Ex. Ele saiu cedo a fim de poder chegar a tempo.
    Não confundir com afim, adjetivo, significando semelhança, por afinidade”.
    Exs. O cunhado é um parente afim. / Eram textos afins.

    AGRAVANTE

    Agravante é palavra feminina.
    Ex. “Havia uma agravante: o motorista estava alcoolizado.”.
    A ANOS / HÁ ANOS
    Se é de tempo que falamos, usa-se há para indicar tempo passado ( mesmo que “faz”).
    Exs. Há dois meses Carlos não aparece. / Ele chegou da fazenda há um ano.
    Usa-se a para indicar tempo futuro.
    Exs. Daqui a dois anos ele se manifestará. / Ele voltará daqui a um ano.

    HÀ MUITO TEMPO / A...

    Na indicação de tempo, empregamos.
    Há para indicar tempo decorrido, tempo passado; é o mesmo que faz:
    Ex. Há vinte anos que não ia à fazenda em que nasci.
    A para indicar tempo futuro.
    Daqui a cem anos talvez seja possível o deslocamento instantâneo de uma pessoa de um
    lugar para outro.
    Evite, porém, a construção “há muito tempo atrás”: ela é pleonástica, redundante. O
    verbo haver, referindo-se a tempo, dispensa o advérbio atrás porque indica tempo
    passado. Escreva simplesmente: há muito tempo...

    ACERCA DE / HÁ CERCA DE

    Acerca de é uma locução prepositiva, significando “a respeito de”.
    Ex. Os advogados do casal discutiram acerca da divisão dos bens.
    Há cerca de é uma expressão em que haver indica tempo decorrido, equivalente a
    “faz”.
    Ex. Há cerca de uma semana, os advogados discutiram a divisão de bens.

    AONDE / ONDE

    Usa-se aonde com verbos que dão idéia de movimento. Equivale sempre a “para onde”.
    Ex. Aonde você vai?
    E com os verbos que não dão idéia de movimento emprega-se onde.
    Ex. Onde estão os remédios?

    ASTERISCO

    Eis um erro muito comum: o sinal gráfico * chama-se asterisco (em grego, asteriskos
    designa estrelas) e não asterísticos.

    BENEFICÊNCIA / BENEFICENTE

    Talvez por influência das palavras eficiência e eficiente é muito comum o uso das
    formas erradas: beneficiência e beneficiente.
    O correto, portanto, é beneficente e beneficência.



    CÂMARA / CÂMERA

    A grafia câmara é sempre correta: Câmara Federal, música de câmara, câmara de
    vídeo, etc.
    Quando quisermos referir ao aparelho que capta imagens e as reproduz, ou a pessoas
    que o utiliza, pode-se usar câmera: câmera fotográfica, câmera de vídeo.

    COLORIR

    O verbo colorir e defectivo. Não possui a 1ª. Pessoa do singular do presente do
    indicativo nem presente do subjuntivo.
    Ex. Use pois, “eu estou colorindo”.
    Logo, não existe nem “eu coloro”(ô) nem “colóro”(ó).

    DESTRATAR

    Destratar significa “tratar mal”;
    Distratar significa “romper um trato”.
    Quando um contrato é rompido, o documento que se assina chama-se Distrato.
    Então, a frase “Ele foi distratado pelo patrão está errada.” O certo é “Ele foi
    destratado pelo patrão”.

    DESCRIMINAR / DISCRIMINAR

    Discriminar é “segregar, separar, listar”. Uma pessoa pode ser discriminada devido à
    sua religião, sua raça ou condição social ou cultural. Uma nota fiscal discriminada é
    aquela em que os itens estão “separados, listados”.
    Descriminar é inocentar, tirar a culpa de um crime, deixar de ser crime, alguns juristas
    preferem utilizar o neologismo Descriminalizar.

    EMBAIXO / EM CIMA

    Cuidado com a grafia destas palavras: embaixo temos uma única palavra, já o seu
    antônimo em cima deve ser grafado separado.

    (AO) ENCONTRO / (DE) ENCONTRO

    “Ao encontro de” e “de encontro a”, são locuções antônimas. A locução ao encontro
    de exprime conformidade, situação favorável.
    Ex. Ele veio ao encontro dos meus desejos (=satisfez os meus desejos).
    Já a locução de encontro a exprime oposição, choque;
    Ex. Ele veio de encontro aos meus desejos (=contrariou os meus desejos).

    ESTADOS UNIDOS

    Quando o sujeito é um nome que só se usa no plural (Estados Unidos, Minas Gerais,
    Alagoas, férias, etc.) e não vem precedido de artigo, o verbo fica no singular. Caso
    venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.
    Exs. “Alagoas possui lindas paisagens”. Ou: “As Alagoas possuem lindas paisagens”.
    “Férias faz bem”. Ou: “As férias fazem bem”.
    “Os Estados Unidos enviaram poderoso reforço”. / “O Amazonas fica longe”.

    ESTRESSE / ESTRESS

    Palavra originária do inglês stress já devidamente aportuguesada, portando prefira
    sempre a grafia estresse.
    Veja que da forma aportuguesada obtemos as formas derivadas: estressado, estressante,
    etc.

    FÉRIAS

    Entrar de ou em férias.
    Tanto faz. É um caso facultativo.
    Você pode “entrar de férias ou em férias”, “ficar de férias ou em férias”, “sair de férias
    ou em férias”.
    FLUÍDO / FLUIDO

    A palavra fluido, empregada como substantivo (“corpo grosso”) ou como adjetivo
    (“característica de certas substâncias líquidas ou grossas”), não tem acento. Já a palavra
    fluído, particípio passado do verbo fluir (c”correr”, “provir”, “derivar”), recebe acento
    agudo no i, que forma hiato.

    FACE

    A locução face a (às vezes mutilada, restando o simples vocábulo face), cujo emprego
    aumentou acentuadamente de uns anos para cá, é uma construção estranha à língua
    portuguesa.
    A forma certa è em face de.

    INVÉS / EM VEZ

    Ao invés de significa “ao contrário de”.
    Ex. Ao invés do que previu a meteorologia, choveu muito ontem.
    Não confunda com em vez de, que quer dizer “no lugar de”.
    Ex. Em vez de jogar basquete, preferimos ver o vídeo do casamento do Carlos.

    GRAFIA DE SIGLAS

    O uso de maiúsculas e minúsculas em siglas, observa estes critérios:
    As siglas formadas por até três letras são grafadas em maiúsculas
    PL, CBD, ONU, OAB, etc.
    Nos casos de siglas com mais de três letras usamos inicial maiúscula e as letras
    seguintes, minúsculas.
    Sunab, Unesco, Telebrás, etc.
    Mas as siglas formadas por mais de três letras que não puderem ser pronunciadas como
    uma palavra, também serão escritas só com maiúsculas.
    PSDB, INSS, etc.

    HAJA VISTA

    A expressão haja vista é invariável: haja vista o Brasil, que vai se recuperando da
    economia; haja vista as proporções do nosso crescimento populacional. Finalmente, há a
    forma haja vista a (Haja vista a estes magníficos exemplos) e ainda há quem faça
    concordância do verbo haver com o elemento que vem depois de vista: Hajam vista as
    dimensões do Brasil.
    Mas, repita-se: a mais usada é a forma invariável haja vista.

    MAU / MAL

    Ela em geral acorda de mau humor.
    O contrário de bom é mau; o contrário de bem é mal.
    Então, se diz bom humor, deve-se dizer mau humor.
    Mau é um adjetivo. Sempre modifica um substantivo.
    Ex. Ele não é mau aluno, mas sempre teve maus professores.
    Já a palavra mal pode ocorrer como:
    Substantivo: Isto é um mal necessário.
    Advérbio: Eles cantam muito mal.
    Conjunção: Mal cheguei, vi que ela estava triste.
    Prefixo: As mal-amadas sempre são malcriadas.

    MEU VER

    Atenção: nessa locução não ocorre artigo. Portanto é a meu ver, e não ao meu ver.

    MENOR / DE MENOR


    Expressão popular largamente utilizada que significa “de menor de idade”, que ainda
    não atingiu a maioridade”. No padrão culto, deve-se utilizar a forma “menor de idade”.
    O mesmo vale para o antônimo de “maior”.
    Exs. Ser menor de idade. Ser maior de idade. Em vez de: Ser de menor. Ser de maior.

    NÍVEL

    A nível de é um modismo que quase virou um abuso, podemos dizer. Evite-o. Em vez
    de: “Trata-se de uma portaria a nível de ministério”, diga simplesmente: Trata-se de
    uma portaria de ministério (ou ministerial).
    Existe, porém, a expressão ao nível, que significa “a mesma altura”.
    Ex. Santos está ao nível do mar.

    ÓCULOS

    Quando significa lentes usadas em frente dos olhos, encaixadas em uma armação, o
    substantivo óculos só se usa no plural: os óculos, meus óculos, etc.
    É inadmissível dizer: um óculos.
    (Desejando-se usar o singular, talvez fosse aconselhável a expressão par de óculos; meu
    par de óculos; este par de óculos; etc.)

    A PAR / AO PAR

    A par = estar ciente.
    Ex. “Ele está a par de tudo”
    Ao par = título ou moeda de valor idêntico:
    Ex. “O câmbio está ao par”

    PERDA / PERCA

    Nunca se esqueça que perda é substantivo e perca é verbo.
    Evite a perda de tempo para que você não perca dinheiro.
    Não é correto dizer “perda a esperança”, nem reclamar das percas salariais.
    Diga: - Perca a esperança... / - Perdas salariais...
    (A) PRINCÍPIO / (EM) PRINCÍPIO
    (B) A PRINCÍPIO SIGNIFICA “INICIALMENTE”, “ANTES DE MAIS NADA”.

    PORQUE / POR QUE

    Juntar as duas palavras – por e que – ou mantê-las separadas é matéria controvertida. A
    melhor norma prática a se seguir é esta: só juntar os dois elementos num único caso –
    quando se tratar de uma resposta ou de uma explicação; nos demais casos constituem a
    grande maioria, separar os dois elementos.
    Exs. Não fui ao cinema porque estava sem dinheiro; Não posso casar porque estou
    desempregado; Reagi à ofensa porque não sou covarde; Já sei por que fui reprovado; foi
    porque não estava preparado.
    Veja a seguir as quatro grafias e seus empregos:

    1) Por que

    Usa-se para fazer uma pergunta, direta ou indireta.
    Exs. Por que você não me esperou? (pergunta direta)
    Quero saber por que você não me esperou. (pergunta indireta)
    Emprega-se, também, para substituir pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais,
    por qual, por quais.
    Exs. As dificuldades por que passei... (= pelas quais)
    Ignoro por que razões ela fez isso. (= por quais)

    2) Por quê

    É também interrogativo e se emprega sempre que vier imediatamente seguido do sinal
    de interrogação (na interrogação direta), ou de ponto final (na interrogação indireta).

    3) Porque

    É empregado para dar uma resposta ou explicação.
    Exs. Por que você não me chamou?
    Não o chamei porque você estava ao telefone.
    Não comprei a casa porque ela é muito pequena.
    Deixem-me ir agora, porque já estou atrasado.

    4) Porquê

    Trata-se de um substantivo, sinônimo de “causa”, “razão”, “motivo”. É por isso que
    vem precedido de artigo, o, os ou um.
    Exs. As crianças querem saber o porquê de tudo.
    Tudo na vida tem um porquê,
    A ciência procura os porquês dos fenômenos.



    http://www.faatesp.edu.br/publicacoes/dicionario%20de%20dificuldades.PDF