Pós-impressionismo
Movimento inclui Cézanne e Van Gogh
Valéria Peixoto de Alencar*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Foram chamados pós-impressionistas alguns artistas que não mais seguiam os preceitos originais do impressionismo. Para eles, o impressionismo era superficial e retratava apenas cenas passageiras, sem dar muita importância nem aos sentimentos, nem aos acontecimentos políticos e sociais. Outros ainda sentiam-se insatisfeitos e limitados com a técnica impressionista.
Nesse contexto, diversas tendências surgiram na pintura do fim do século 19 e início do século 20.
Paul Cézanne (1839-1906)
Foi um dos maiores intérpretes do impressionismo e da reação contra esse movimento. Segundo suas próprias palavras, "pintar não é meramente copiar o objeto". Seus quadros eram construções da natureza, um objeto em si.
Ele estudava as formas geométricas. Com o tempo abandonou as idéias de representar o movimento (característica do impressionismo) e resolveu reconstruir a sensação da estrutura, densidade e peso dos objetos. Tentava simplificar as formas da natureza e reduzi-las a cilindros, esferas e cones. Via uma árvore, por exemplo, como um grande cilindro (tronco) e uma elipse (copa).
"Natureza-morta com prato com cerejas" (acima, à direita) era um dos favoritos de Cézanne. É o resultado de muitos ensaios e estudos seus, realizados pelo artista contra as regras acadêmicas. Destaque para a disposição do prato com cerejas em relação ao restante da composição.
Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva. Também introduziu em suas obras distorções e alterações de ponto de vista, em benefício da composição ou para ressaltar o volume e o peso dos objetos. Tudo isso, mais a idéia de simplificação das formas já comentada, irá dar origem, no século 20, ao cubismo de Picasso e Braque.
Georges Seurat (1859-1891)
Observe a imagem a seguir:
Repare na copa das árvores e no gramado. Nesses elementos pode-se observar nitidamente a técnica utilizada por Seurat para pintar o quadro: o pontilhismo.
Ao utilizar cores puras (em vez de misturá-las), aplicou-as diretamente na tela, ele resolveu agrupar as pinceladas em formas de pontos. A técnica também foi muito utilizada pelo pintor francês Paul Signac.
Considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, foi marginalizado pela sociedade durante sua vida. "Falhou" em todos os aspectos considerados importantes para a sociedade de sua época: não constituiu família, não conseguia custear a sua própria subsistência, sucumbiu a uma doença mental.
Tinha personalidade intrigante. Oscilava entre a alegria e a tristeza, a esperança e o desespero, o amor e o ódio. Vivia uma dualidade emocional. Pintar passou a ser seu refúgio. Utilizava cores fortes para expressar seus sentimentos. Van Gogh dizia: "Pinto o que sinto e não apenas o que vejo".
Ficou famoso depois da sua morte, especialmente após a exibição de 71 de suas obras em Paris, em 1901.
Sua influência no expressionismo, no fovismo e no abstracionismo foi notória. Suas influências podem ser reconhecidas em variadas frentes da arte do século 20. O artista foi pioneiro ao relacionar tendências impressionistas com as aspirações modernistas.
"Natureza morta com Prato com Cerejas", de Cézanne (1885-1887). |
Nesse contexto, diversas tendências surgiram na pintura do fim do século 19 e início do século 20.
Alguns artistas pós-impressionistas
Foi um dos maiores intérpretes do impressionismo e da reação contra esse movimento. Segundo suas próprias palavras, "pintar não é meramente copiar o objeto". Seus quadros eram construções da natureza, um objeto em si.
Ele estudava as formas geométricas. Com o tempo abandonou as idéias de representar o movimento (característica do impressionismo) e resolveu reconstruir a sensação da estrutura, densidade e peso dos objetos. Tentava simplificar as formas da natureza e reduzi-las a cilindros, esferas e cones. Via uma árvore, por exemplo, como um grande cilindro (tronco) e uma elipse (copa).
"Natureza-morta com prato com cerejas" (acima, à direita) era um dos favoritos de Cézanne. É o resultado de muitos ensaios e estudos seus, realizados pelo artista contra as regras acadêmicas. Destaque para a disposição do prato com cerejas em relação ao restante da composição.
Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva. Também introduziu em suas obras distorções e alterações de ponto de vista, em benefício da composição ou para ressaltar o volume e o peso dos objetos. Tudo isso, mais a idéia de simplificação das formas já comentada, irá dar origem, no século 20, ao cubismo de Picasso e Braque.
Observe a imagem a seguir:
"Um Domingo de Verão na Grande Jatte", Seurat (1884-1886). |
Repare na copa das árvores e no gramado. Nesses elementos pode-se observar nitidamente a técnica utilizada por Seurat para pintar o quadro: o pontilhismo.
Ao utilizar cores puras (em vez de misturá-las), aplicou-as diretamente na tela, ele resolveu agrupar as pinceladas em formas de pontos. A técnica também foi muito utilizada pelo pintor francês Paul Signac.
Vincent van Gogh (1853-1890)
"Auto Retrato", Van Gogh. |
Tinha personalidade intrigante. Oscilava entre a alegria e a tristeza, a esperança e o desespero, o amor e o ódio. Vivia uma dualidade emocional. Pintar passou a ser seu refúgio. Utilizava cores fortes para expressar seus sentimentos. Van Gogh dizia: "Pinto o que sinto e não apenas o que vejo".
Ficou famoso depois da sua morte, especialmente após a exibição de 71 de suas obras em Paris, em 1901.
Sua influência no expressionismo, no fovismo e no abstracionismo foi notória. Suas influências podem ser reconhecidas em variadas frentes da arte do século 20. O artista foi pioneiro ao relacionar tendências impressionistas com as aspirações modernistas.
*Valéria Peixoto de Alencar é historiadora formada pela USP e cursa o mestrado em Artes no Instituto de Artes da Unesp.
Fonte: Uol
Para os pós-impressionistas, o impressionismo era superficial e retratava apenas cenas passageiras, sem dar muita importância nem aos sentimentos, nem aos acontecimentos políticos e sociais.
Pós-Impressionismo é o nome que se dá a diferentes estilos e tendências artísticas cuja origem encontra-se no Impressionismo, tanto como uma reação contrária a ele como também visando um desenvolvimento maior da escola.
Outros ainda sentiam-se insatisfeitos e limitados com a técnica impressionista. A expressão Pós-Impressionismo foi usada para designar a pintura que se desenvolveu de 1886, a partir da última exposição impressionista, até o surgimento do Cubismo, com Pablo Picasso e Georges Braque.
Entre 1880 e 1890, exploram as possibilidades abertas pelo impressionismo, em direções muito variadas. O naturalismo e a preocupação com os efeitos momentâneos de luz, caros aos impressionistas, estão na base de boa parte das restrições feitas ao movimento.
Em Seurat e Paul Signac (1863-1935) o rompimento com as linhas mestras do impressionismo verifica-se pelo acento colocado na pesquisa científica da cor, que dá origem ao chamado pontilhismo. Aí, os trabalhos se orientam a partir de um método preciso: trata-se de dividir os tons em seus componentes fundamentais. As inúmeras manchas de cores puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso, recupera-se a unidade do tom, longe do uso não sistemático de cores.
Os movimentos modernistas devem muito ao pós-impressionismo, principalmente pela figura de Paul Cézanne (1839 - 1906) e sua obstinação em alcançar a natureza real atrás das aparências, criar uma arte com vida própria, “concretizar“ suas impressões pessoais e “realizar o motivo”.
Os principais artistas do movimento do pós-impressionismo foram:
CEZANNE – FORMAS SIMPLIFICADAS
SEURAT – PONTILHISMO E MISTURA DE CORES
Esse trabalho logo abaixo foi feito a partir desta "Tarde de Domingo na ilha de Jatte", de Seurat:
Obra original
Abaixo, obra do artista contemporâneo que utilizou-se da obra original para fazer uma apropriação com latinhas - para abrir uma questão ambiental e de reciclagem.
Abaixo, obra do artista contemporâneo que utilizou-se da obra original para fazer uma apropriação com latinhas - para abrir uma questão ambiental e de reciclagem.
Veja o detalhe da obra bem de pertinho, feito só de latinhas:
GAUGUIN – CORES VIVAS E PAISAGENS E NATIVAS DO TAHITI
VAN GOGH – PINCELADAS CURVAS, FORTES, ESPESSAS E GRANDE CARGA DE EMOÇÃO
TOULOUSE-LAUTREC – CENAS NOTURNAS E ESTILO GRÁFICO
A forma das pinturas, o tratamento das cores ou a linha podiam ser objetos de discordância com os impressionistas.
Toulouse-Lautrec
Assista a um trecho do filme "Sede de Viver", filme que retrata a vida de Van Gogh (de 1956):
Fonte: http://julirossi.blogspot.com/2009/03/pos-impressionismo.html
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