sábado, 23 de outubro de 2010

Análise da Música

 

Geração coca-cola

Legião Urbana

Quando nascemos fomos programados
Pra receber de vocês
Nos empurraram com os enlatados
Dos U.S.A., de nove as seis
Desde pequenos nos comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Depois de 20 anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser
Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola

Composição: Renato Russo / Fê Lemo

Análise:

“Depois de vinte anos na escola”. Seria conspiração excessiva? Quero acreditar que Renato Russo está nos lembrando aqui o período de, também, vinte anos de ditadura militar no Brasil. Tempo suficiente para lembrar de outro jargão: “Já que não dá pra vencê-los, junte-se a eles”, “não é assim que tem que ser”. Difícil descobrir se é uma pergunta ou uma afirmação positivista. Renato… Sempre devolvendo, como nossos professores, a pergunta para nós mesmos.
Renato atemporal! Russo profeta! “Suas crianças derrubando reis”. Geração Coca-Cola, cara-pintada, internet, desempregada, não importa. Fato é que (fora do regime militar) temos voz e corremos atrás, bem menos do que deveríamos, mas “vamos fazer nosso dever de casa”. A primeira lição foi a campanha pelas Diretas-Já, um memorável movimento cívico popular. Não conseguimos, inicialmente, mas houve mudanças significativas. Também não dá para deixar de comentar o impeachment do então Presidente Collor de Mello (nesse eu estava lá, cara-pintada, cheia de esperança… ilusões), a verdade é que falta mais esclarecimento, uma visão mais crítica, mais apurada da política atual…
Para não ficar só no faz-me rir… E quanto à “fazer comédia no cinema com as suas leis”, “seria cômico se não fosse trágico” o sucesso do filme “Tropa de Elite” de José Padilha, que revela toda a sujeira por trás dos sistemas no país. Que vergonha a realidade quando revelada, assim, abertamente.


O título é uma alusão ao trabalho de marketing da Pepsi anos atrás da criação da música com objetivo de fisgar os novos consumidores, jovens na sua maioria, fidelizando-os para que fossem seus consumidores pelo resto de suas vidas. Naquela época (até hoje) o mercado era totalmente dominado pela Coca-Cola, e a Pepsi criou o slogan “Geração Pepsi” na busca de novos consumidores e consumidores novos. Não é preciso comentar que a campanha publicitária da Pepsi não deu certo, né mas pelo menos serviu de inspiração ao Renato para o título dessa interssante canção.

 Continue lendo as diversas interpretações aqui.

Dificuldades da LínguA em uso : Pego ou Pegado?

Ele foi PEGO ou PEGADO em flagrante?

Existem alguns verbos que nos deixam de cabelo em pé: GANHO ou GANHADO, GASTO ou GASTADO, PAGO ou PAGADO, PEGO ou PEGADO?
Alguns gramáticos defendem o uso exclusivo das formas clássicas: GANHADO, GASTADO, PAGADO e PEGADO. Outros preferem o uso exclusivo daquelas formas que o brasileiro consagrou: GANHO, GASTO, PAGO e PEGO.
Há ainda os moderados. São aqueles que aceitam as duas formas de acordo com a regra dos particípios abundantes:
Após os verbos TER ou HAVER, devemos usar a forma
clássica: tinha aceitado, havia suspendido, tinha ganhado, havia gastado, tinha pagado;


Após os verbos SER ou ESTAR, usamos a forma irregular: foi
aceito, estava suspenso, fora ganho, era gasto, será pago.
  

A forma PEGADO estará sempre correta, mas a forma PEGO está consagradíssima: “Ele tinha PEGADO os documentos” e “Ele foi PEGO em flagrante”.


ATENÇÃO:

Inaceitáveis ainda são as tais histórias de “ele tinha chego” e “ele tinha trago”. 

Nesse caso, no padrão culto da língua portuguesa, as formas clássicas estão preservadas: “ele tinha chegado” e “ele tinha trazido”.

Fonte: G1

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Estrutura e Formação de Palavras - 1º Ano 4º Bimestre


Conceitos básicos:

Observe as seguintes palavras:
escol-a
escol-ar
escol-arização
escol-arizar
sub-escol-arização
Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento destacável -ar.
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que selecionamos, podemos depreender a existência de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema.

Classificação dos morfemas:

Radical

Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação principal.

Continue lendo aqui. 

Exercícios 1

Exercícios 2










Vestibular UFGD- 2011 Obras Literárias

Obras Literárias

O Centro de Seleção, da Universidade Federal da Grande Dourados, divulga a relação de obras literárias para o Vestibular UFGD 2011.


Autor Título
José Saramago Ensaio sobre a cegueira
Lygia Bojunga Nunes Tchau
Manuel de Barros Poemas rupestres
 Mia Couto Terra Sonâmbula
 Rubem Fonseca Pequenas Criaturas 


"A ciência é grosseira, a vida é sutil, e é para corrigir essa distância que a literatura nos importa. Por outro lado, o saber que ela mobiliza é inteiro nem derradeiro; a literatura não diz que sabe alguma coisa, mas que sabe de alguma coisa; ou melhor, que ela sabe algo das coisas - que sabe muito sobre os homens".
(Roland Barthes, escritor francês; do livro Aula, 1988, p.17)

Fonte 



Manoel de Barros - Poemas Rupestres


Confira aqui provas e gabaritos do Vestibular 2010 (UFGD)
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Enem: Modelo de questões e Prova anterior.


Apostila - Literatura (ENEM)




Prova e Gabarito - Enem 2009



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Feliz Dia do Professor

15 Filmes em comemoração ao Dia dos Professores

Um jovem professor enfrenta alunos indisciplinados e desordeiros, neste filme clássico que refletiu alguns dos problemas e medos dos adolescentes dos anos 60.


Abandonada pelo pai e negligenciada pela mãe workaholic, a jovem Meg encontra em seu professor de inglês um porto seguro de conforto e inspiração. Mas essa segurança que começa como uma doce amizade está prestes a se tornar complexa, ambígua enquanto a tensão em sua família cresce cada vez mais.

Gao é professor da Escola Primária Shuiquan e precisa sair de licença para cuidar da mãe doente. Um lugar distante e pobre, a única pessoa que aceita substituir o professor é uma menina de 13 anos Wei Minzhi. Como a evasão escolar é muito grande, Gao instrui Wei a não permitir que nenhum de seus alunos abandone o curso prometendo-lhe 10 yuans extras em seu pagamento. Perdida em meio às crianças, Wei faz de tudo para manter os alunos na escola, até que um garoto de 10 anos, é obrigado a partir para a cidade em busca de trabalho. Para trazê-lo de volta, Wei inicia uma incasável jornada à procura de seu aluno na cidade grande.
Crianças Do Meu Coração é a cativante história de Gabrielle, uma jovem apaixonada e inocente, que deixa a cidade para assumir seu primeiro trabalho como professora em uma pequena cidade, durante a Grande Depressão. Seu primeiro desafio é ganhar o respeito dos alunos e seus pais, já que emprega alguns métodos de ensino não ortodoxos. Mas isto é apenas o começo. Quando seu aluno mais velho, um rebelde de quinze anos chamado Mederic, expressa seu amor por ela, Gabrielle começa a travar uma batalha entre seu coração e sua consciência.

A trajetória de um professor boliviano contratado para dar aulas de matemática em um colégio americano de periferia. Mas, ao estilo de ''Ao Mestre Com Carinho'', descobre que os alunos são dos mais problemáticos, pouco preparados e completamente arredios. No entanto o professor insistge e consegue, com suas técnicas e muito de amabilidade, conquistar a todos.

Grady Tripp (Michael Douglas) um professor universitário que escreve em suas horas vagas. Atormentado por um bloqueio de escritor, ele descobre que sua amante, Sara Gaskell (Frances McDormand), que casada, está grávida de um filho dele. Além disto, tem que lidar com uma de suas alunas, Hannah (Katie Holmes), que está apaixonada por ele e ajudar um de seus alunos, James (Tobey Maguire), a encontrar uma rara jaqueta que teria sido usada por Marilyn Monroe.

Um novo professor na cidade, está promovendo um verdadeiro pandemônio na Fallbrook Middle School. Ele é atraente, simpático e informal. Os alunos amam o sr. D (Ryan Reynolds). Os professores também o admiram... com exceção de Matt Warner (David Paymer), o ansioso professor de biologia, que sonha em ganhar o prêmio de Professor do Ano.

Leigh Ann Watson (Katie Holmes) tem um poblema com Mrs. Eve Tingle (Helen Mirren), a professora de história, uma mulher tão intratável que todos a temem. Sua única oportunidade de reverter um problema está na prova escrita e, tentando ajudá-la, Luke Churner (Barry Watson), um amigo de Leigh, consegue uma cópia da prova.Mas enquanto discutem sobre o que fazer Mrs. Tingle aparece e pega Leigh com a prova. Os três à noite vão até a casa de Mrs. Tingle tentar convencê-la em não denunciar Leigh. Entretanto, a situação sai totalmente do controle.

François Marin (François Bégaudeau) trabalha como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, localizada na periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino buscam apoio mútuo na difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. François busca estimular seus alunos, mas o descaso e a falta de educação são grandes complicadores.
Oficial da marinha (Michelle Pfeiffer) abandona carreira militar para realizar o antigo sonho de ser professora de inglês. Mas o grupo de alunos rebeles que tem pela frente logo na primeira escola em que leciona será capaz de colocar à prova todo seu treinamento e experiência adquiridos na caserna.
William Hundert (Kevin Kline) é um professor apaixonado pela história antiga. Mas um aluno em especial começa a incomodar. Trata-se do arrogante Sedgewick (Emile Hirsch), filho de um respeitado senador, que inicia uma guerra particular com o mestre. Uma batalha de egos e vontades que segue durante mais de 25 anos.


Adolescentes criados no meio de tiroteios e agressividade, a professora (Hilary Swank) que oferece o que eles mais precisam: uma voz própria. Quando vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora Erin Gruwell combate um sistema deficiente, lutando para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes. Agora, contando suas próprias histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo.

Para poder sustentar sua família, um jovem compositor aceita dar aulas enquanto compõe sua sinfonia. Porém, após 30 anos vendo seus alunos se formarem, ele tem uma grande surpresa quando está perto de se aposentar.
O ano é 1953, e as meninas do colégio Wellesley, um dos mais tradicionais dos Estados Unidos, se preparam para mais um ano letivo. As alunas terão uma nova professora de História da Arte: Katherine Watson (Julia Roberts) conseguiu a vaga depois de lutar muito, a ponto de atravessar o país, deixar a ensolarada Califórnia e o namorado para viver na fria costa leste.
Um carismático professor de literatura chega a um conservador colégio, onde revoluciona os métodos de ensino ao propor que seus alunos aprendam a pensar por si mesmos.



Fonte:  http://moviecuriosidades.blogspot.com/

sábado, 9 de outubro de 2010

João Guimarães Rosa - 3º Ano

Grande Sertão: Veredas

Guimarães Rosa e o universalismo filosófico do sertão

Oscar D'Ambrosio*
Reprodução
Página dos manuscritos originais de O Grande Sertão: Veredas
Médico e diplomata, o escritor mineiro João Guimarães Rosa (1908 - 1967) é um dos mais importantes exemplos nacionais de autor que consegue ser, ao mesmo tempo, regional e universal. Embora o cenário de seus textos seja geralmente o sertão mineiro, seu domínio vocabular e as questões existenciais que levanta conferem a sua obra uma densidade que atinge leitores de todo o planeta.

Escrito em 1956, "Grande Sertão: Veredas" reúne as principais qualidades do escritor mineiro, principalmente o uso da linguagem popular e regional, muito influenciada pela língua falada. Isso sem contar uma das características do autor: a invenção de palavras e o desenvolvimento dos mais variados tipos de construções sintáticas.

Histórias de jagunços

O narrador é o jagunço Riobaldo, que conta suas aventuras pelo sertão a um ouvinte mais letrado que ele. A imensidão da paisagem cria um contraponto com a pequenez do homem e a sua dificuldade de se relacionar com o entorno e com os outros seres humanos.

Riobaldo, durante três dias, relata a sua história, repleta de episódios de lutas entre bandos rivais de jagunços e as forças repressoras oficiais. Após a morte da mãe, é levado para a fazenda de seu padrinho. Embora comece a estudar, logo aceita o convite para integrar o bando de Zé Bebelo. Combate, assim, o célebre Hermógenes e, posteriormente, deserta, ingressando em outro bando, onde conhece Reinaldo.

Surge entre os dois uma grande amizade. Tornam-se companheiros inseparáveis de luta e Reinaldo revela seu verdadeiro nome, Diadorim. O relacionamento entre os dois tem episódios memoráveis, como o momento em que Riobaldo conhece Otacília, por quem se apaixona.

Diadorim, então, em acalorada discussão, chega inclusive a ameaçá-lo com um punhal. Essa relação ambígua é de grande lirismo, pois o narrador não sabe como lidar com o sentimento de afeto que tem por um homem. Paralelamente, pouco a pouco, Riobaldo ganha importância entre os jagunços, assumindo a liderança do bando.

Deus, diabo e a morte

Em uma das principais cenas do livro, próximo a Veredas-Mortas, nome altamente significativo em seu simbolismo de limite entre a vida e a morte, Riobaldo faz, como o célebre personagem Fausto, um pacto com o diabo. Ele quer vencer os traidores que causaram diversas mortes aos colegas de luta.

A grande revelação do romance ocorre quando Diadorim enfrenta Hermógenes. Ambos morrem em combate e Riobaldo descobre então que o companheiro jagunço era, na verdade, uma mulher, chamada Maria Deodorina da Fé Bettancourt Marins, filha de um célebre líder de jagunços, Joca Ramiro.

Findas as aventuras e a descoberta inesperada, Riobaldo adoece. Ao se recuperar, recebe a notícia da morte de seu padrinho e herda duas fazendas. Aprofunda então uma questão que o acompanhava: teria ele feito mesmo um pacto com o diabo, conseguindo sobreviver a numerosas emboscadas e traições? O compadre Quelemém de Góis responde brilhantemente sua dúvida: "Tem cisma não. Pensa para diante. Comprar ou vender, às vezes, são as ações que são as quase iguais..."

Frases como "o sertão é do tamanho do mundo" e "viver é perigoso" pontuam um romance que, acima de tudo, levanta importantes questões sobre a vida e a relação do homem com Deus, o diabo e a morte. As veredas do ser humano são tratadas com extrema sutileza e, enfocadas numa linguagem ímpar, oferecem densa reflexão sobre as célebres perguntas da filosofia ocidental: De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?

*Oscar D'Ambrosio, jornalista, mestre em artes pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), é crítico de arte e integra a Associação Internacional de Críticos de Artes (Aica - Seção Brasil).
Fonte: http://educacao.uol.com.br/literatura/grande-sertao-veredas.jhtm

Manoel de Barros - Literatura Regional 3º Ano



Soberania

Manoel de Barros

Naquele dia, no meio do jantar, eu contei que 
tentara pegar na bunda do vento — mas o rabo
do vento escorregava muito e eu não consegui 
pegar. Eu teria sete anos. A mãe fez um sorriso 
carinhoso para mim e não disse nada. Meus irmãos 
deram gaitadas me gozando. O pai ficou preocupado 
e disse que eu tivera um vareio da imaginação. 
Mas que esses vareios acabariam com os estudos. 
E me mandou estudar em livros. Eu vim. E logo li 
alguns tomos havidos na biblioteca do Colégio. 
E dei de estudar pra frente. Aprendi a teoria
das idéias e da razão pura. Especulei filósofos
e até cheguei aos eruditos. Aos homens de grande 
saber. Achei que os eruditos nas suas altas 
abstrações se esqueciam das coisas simples da 
terra. Foi aí que encontrei Einstein (ele mesmo
— o Alberto Einstein). Que me ensinou esta frase: 
A imaginação é mais importante do que o saber. 
Fiquei alcandorado! E fiz uma brincadeira. Botei 
um pouco de inocência na erudição. Deu certo. Meu 
olho começou a ver de novo as pobres coisas do 
chão mijadas de orvalho. E vi as borboletas. E
meditei sobre as borboletas. Vi que elas dominam 
o mais leve sem precisar de ter motor nenhum no 
corpo. (Essa engenharia de Deus!) E vi que elas 
podem pousar nas flores e nas pedras sem magoar as
próprias asas. E vi que o homem não tem soberania 
nem pra ser um bentevi.
Texto extraído do livro (caixinha) "Memórias Inventadas - A Terceira Infância", Editora Planeta - São Paulo, 2008, tomo X, com iluminuras de Martha Barros.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Literatura 3º Ano Ensino Médio - Pós-Modernismo e Literatura Regional - Mato Grosso do Sul



 Manoel de Barros - Literatura Regional - Mato Grosso do Sul



 Manoel de Barros



Guimarães Rosa



PÓS-MODERNISMO - GUIMARÃES ROSA

GUIMARÃES ROSA
JOÃO GUIMARÃES ROSA

*  1908 -  Cordisburgo – Minas Gerais
+  1967 - Rio de Janeiro

VIDA
- Foi médico, diplomata, embaixador, romancista, novelista, contista
- Formado em Medicina no interior de Minas Gerais, onde foi médico da Força Pública local.
- Entra na diplomacia, chegando a embaixador.
- Ganha prêmio com um livro de versos que não publicou. É o marco inicial de sua carreira literária.
1946 – publica coleção de contos – Sagarana.
- 1956 – publica Corpo de Baile – novela; Grande Sertão: Veredas – romance.


OBRAS

ROMANCE
1956 – Grande Sertão: Veredas

CONTOS
1946 – Sagarana – coletânea de contos
1952 – com o Vaqueiro Mariano
1962 – Primeiras Estórias
1967 – Tutaméia (Terceiras Estórias)

NOVELAS
1956 – Corpo de Baile – dois volumes. Atualmente Corpo de Baile é reeditado em três volumes independentes: Manuelzão e Miguilim; No Urubuquaquá, no Pinhém e Noites no Sertão.


CARACTERÍSTICAS
1 – Regionalismo diferente, no qual a invenção, inclusive lingüística, supera de muito os valores locais.
2 – Grande Sertão Veredas era para ser uma das novelas, ampliou-se até as dimensões atuais.
3 – Estilo original de criação e da visão do mundo.
4 – Apesar de o regionalismo ser um tema gasto, conseguiu fazer um livro de valor universal, em que os elementos pitorescos são mais condutores de um senso profundo dos grandes problemas do homem.
5 - Deve-se isso à sua capacidade de criar um estilo próprio, baseado na contribuição regional e remontando-o, graças ao arcaísmo desta a velhas matrizes da língua.
6 – Fusão do local e universal, de presente e eterno, aproxima a sua obra das grandes experiências literárias da cultura moderna.
7 - Lirismo delicado, que é a essência das coisas, não maculadas; rudeza e aridez das relações humanas.
8 – Primeiro entre nós que conseguiu captar um mundo regional através de um prisma universal.
9 – A obra de Guimarães Rosa veio concretizar a nova dimensão que o regionalismo estava esperando: a dimensão do espírito e do mistério das coisas.


GRANDE SERTÃO: VEREDAS

- O romance é narrado na primeira pessoa em monólogo ininterrupto, por Riobaldo, velho fazendeiro do norte de Minas, antigo jagunço, que conta a sua vida e as suas angústias.

- primeiro bandido, depois chefe de bando, a sua tarefa principal é vingar a morte do grande chefe Joca Ramiro, assassinado à traição. Para isso estabelece um pacto com o diabo, que não sabe se foi realmente feito, mas que depois o atormenta pelo resto da vida, numa dúvida insanável.

- o seu maior amigo e companheiro de armas é Reinaldo, quem chama Diadorim e por quem sente uma extrema amizade, que se aproxima do amor e o deixa perturbado. O fato se explica quando Diadorim morre em duelo, matando ao mesmo tempo o traidor Hermógenes: era a moça Diadorina, filha de Joca Ramiro, disfarçada de homem.

- na estrutura do livro, os fatos são transpostos para uma atmosfera lendária e o real se cruza com o fantástico.

- concepção de vanguarda – universalismo literário moderno – desestruturação da linguagem literária tradicional.

- aspecto temático – retrata o coronelismo em função do tema filosófico – ser ou não ser.

- mundo cultural identificado com o regionalismo sertanejo.

Fonte:  http://recantodasletras.uol.com.br/biografias/502713


Questões de Vestibular e Enem:

Manoel de Barros - Questões

Manoel de Barros - Questões 2

Guimarães Rosa - Questões

Guimarães Rosa - Questões 2




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Arte no Renascimento - 1ºAno - 4º Bimestre






RENASCIMENTO

O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média. 
Características gerais:
 * Racionalidade
 * Dignidade do Ser Humano
 * Rigor Científico
 * Ideal Humanista
 * Reutilização das artes greco-romana
 

ARQUITETURA
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.
“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)
Principais características:
 * Ordens Arquitetônicas
 * Arcos de Volta-Perfeita
 * Simplicidade na construção
 * A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas
 * Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções  militares)

O principal arquiteto renascentista:
Brunelleschi - é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi  como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi.
 

PINTURA
Principais características:
 * Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria.
 * Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.
 * Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.
 * Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.
 * Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes.
*  Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo.
Os principais pintores foram:
 
Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.

Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.

Michelângelo  - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem. 
Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família

Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”.
Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.
 

ESCULTURA
Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta adquire o seu prestígio. Protetores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Ali, grandes escultores se revelam, o maior dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras: Moisés, Davi (4,10m) e Pietá.
Outro grande escultor desse período foi Andrea del Verrochio. Trabalhou em ourivesaria e esse fato acabou influenciando sua escultura. Obra destacada: Davi (1,26m) em bronze.
Principais Características:

 * Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade
 * Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade
 * Profundidade e perspectiva
 * Estudo do corpo e do caráter humano

O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idéias italianas. São eles:
 
   * Dürer   * Hans Holbein
   * Bosch   * Bruegel 

Para seu conhecimento
- A Capela Sistina foi construída por ordem de Sisto IV (retangular 40 x 13 x 20 altura). E é na própria Capela que se faz o Conclave: reunião com os cardeais após a morte do Papa para proceder a eleição do próximo. Lareira que produz fumaça negra - que o Papa ainda não foi escolhido; fumaça branca - que o Papa acaba de ser escolhido, avisa o povo na Praça de São Pedro, no Vaticano
- Michelângelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente bem, pois tendo dissecado cadáveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exatamente a posição de cada músculo, cada tendão, cada veia.
- Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão: “Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a  ponte elevadiça, o escafandro, um modelo de asa-delta, etc.

- Quando deparamos com o quadro da famosa MONALISA não conseguimos desgrudar os olhos do seu olhar, parece que ele nos persegue. Por que acontece isso? Será que seus olhos podem se mexer? Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e inventor italiano Leonardo da Vinci (1452-1519) e qual será o truque que ele usou para dar esse efeito? Quando se pinta uma pessoa olhando para a frente (olhando diretamente para o espectador) tem-se a impressão que o personagem do quadro fixa seu olhar em todos. Isso acontece porque os quadros são lisos. Se olharmos para a Monalisa de um ou de outro lado estaremos vendo-a sempre com os olhos e a ponta do nariz para a frente e não poderemos ver o lado do seu rosto. Aí está o truque em qualquer ângulo que se olhe a Monalisa a veremos sempre de frente.


Fonte: http://www.historiadaarte.com.br/renascimento.html   e Google Imagens

Artes - 4ºBimestre 1º Ano do Ensino Médio

Arte Gótica

INTRODUÇÃO

O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante a Baixa Idade Média e é identificado como a Arte das Catedrais. A partir do século XII a França conheceu transformações importantes, caracterizadas pelo desenvolvimento comercial e urbano e pela centralização política, elementos que marcam o início da crise do sistema feudal. No entanto, o movimento a arraigada cultura religiosa e o movimento cruzadista preservavam o papel da Igreja na sociedade.


Catedral de Salisbury


Enquanto a Arte Românica tem um caráter religioso tomando os mosteiros como referência, a Arte Gótica reflete o desenvolvimento das cidades. Porém deve-se entender o desenvolvimento da época ainda preso à religiosidade, que nesse período se transforma com a escolástica, contribuindo para o desenvolvimento racional das ciências, tendo Deus como elemento supremo. Dessa maneira percebe uma renovação das formas, caracterizada pela verticalidade e por maior exatidão em seus traços, porém com o objetivo de expressar a harmonia divina.
O termo Gótico foi utilizado pelos italianos renascentistas, que consideravam a Idade Média como a idade das trevas, época de bárbaros, e como para eles os godos eram o povo bárbaro mais conhecido, utilizaram a expressão gótica para designar o que até então chamava-se "Arte Francesa ".

ARQUITETURA


Catedral de Lincoln -- Lincolnshire, Inglaterra



A arquitetura foi a principal expressão da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da Europa, principalmente com as construções de imponentes igrejas. Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, nos vitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica luminosidade de suas cores, as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.
Do ponto de vista material, a construção gótica, de modo geral, se diferenciou pela elevação e desmaterialização das paredes, assim como pela especial distribuição da luz no espaço. Tudo isso foi possível graças a duas das inovações arquitetônicas mais importantes desse período: o arco em ponta, responsável pela elevação vertical do edifício, e a abóbada cruzada, que veio permitir a cobertura de espaços quadrados, curvos ou irregulares. No entanto, ainda considera-se o arco de ogiva como a característica marcante deste estilo.


Abadia de Westminster


A primeira das catedrais construídas em estilo gótico puro foi a de Saint-Denis, em Paris, e a partir desta, dezenas de construções com as mesmas características serão erguidas em toda a França. A construção de uma Catedral passou a representar a grandeza da cidade, onde os recursos eram obtidos das mais variadas formas, normalmente fruto das contribuições dos fiéis, tanto membros da burguesia com das camadas populares; normalmente as obras duravam algumas décadas, algumas mais de século.


Catedral de Burgos , construída entre os século XIII e XV



ESCULTURA

A escultura gótica desenvolveu-se paralelamente à arquitetura das Igrejas e está presente nas fachadas, tímpanos e portais das catedrais, que foram o espaço ideal para sua realização. Caracterizou-se por um calculado naturalismo que, mais do que as formas da realidade, procurou expressar a beleza ideal do divino; no entanto a escultura pode ser vista como um complemento à arquitetura, na medida em que a maior parte das obras foi desenvolvida separadamente e depois colocadas no interiro das Igrejas, não fazendo parte necessariamente da estrutura arquitetônica.


Porta do Sarmental, Catedral de Burgos



Pilar dos Anjos, Catedral de Estrasburgo


A princípio, as estátuas eram alongadas e não possuíam qualquer movimento, com um acentuado predomínio da verticalidade, o que praticamente as fazia desaparecer. A rejeição à frontalidade é considerado um aspecto inovador e a rotação das figuras passa a idéia de movimento, quebrando o rigorismo formal.
As figuras vão adquirindo naturalidade e dinamismo, as formas se tornam arredondadas, a expressão do rosto se acentua e aparecem as primeiras cenas de diálogo nos portais.

PINTURA

A pintura teve um papel importante na arte gótica pois pretendeu transmitir não apenas as cenas tradicionais que marcam a religião, mas a leveza e a pureza da religiosidade, com o nítido objetivo de emocionar o expectador. Caracterizada pelo naturalismo e pelo simbolismo, utilizou-se principalmente de cores claras
"Em estreito contato com a iconografia cristã, a linguagem das cores era completamente definida: o azul, por exemplo, era a cor da Virgem Maria, e o marrom, a de São João Batista. A manifestação da idéia de um espaço sagrado e atemporal, alheio à vida mundana, foi conseguida com a substituição da luz por fundos dourados. Essas técnicas e conceitos foram aplicados tanto na pintura mural quanto no retábulo e na iluminação de livros".


A Anunciação -- Gentile de Fabriano, Pinacoteca do Vaticano



Cenas da Vida Urbana, Igreja Abacial de Murbach, França
 
Fonte:  http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=163

Artes - 4ºBimestre 1º Ano do Ensino Médio

Arte românica

A arte românica, desenvolveu-se desde o século XI até o início do século XIII, período caracterizado pela crise do sistema feudal. No entanto, a Igreja ainda conservava grande poder e influência, determinando a produção cultural e artística desse período, cuja representação típica são as basílicas.



Castelo Medieval


O termo "Românico" é uma referência às influências da cultura do Império Romano, que havia dominado durante séculos quase toda a Europa Ocidental, porém, essa unidade já há muito havia sido rompida, desde a invasão dos povos bárbaros. Apesar de línguas e tradições diferenciadas nas várias regiões européias, e da fragmentação do poder entre os senhores feudais, o elemento religioso manteve a idéia de unidade na Europa e a arte Românica reforça essa unidade.Há que se considerar que neste período havia uma forte ingerência do poder político sobre a estrutura religiosa, determinada a partir do Sacro Império Romano Germânico, sendo que ao mesmo tempo iniciou-se um movimento de reação à investidura leiga, partindo principalmente dos mosteiros, que tenderam a se fortalecer. Esse foi ainda um período de início do desenvolvimento comercial e de peregrinações, favorecendo a difusão dos novos modelos.

ARQUITETURA

Durante a Idade Média os mosteiros tornaram-se os centros culturais da Europa, onde a ciência, a arte e a literatura estavam centralizados.
Os monges beneditinos foram os primeiros a propor em suas construções as formas originais do românico. Surge assim uma arquitetura abobadada, de paredes sólidas e delicadas colunas terminadas em capitéis cúbicos. Os mosteiros eram na verdade unidades independentes e dessa forma estruturaram-se segundo necessidades particulares.



Claustro: parte interior do mosteiro


Foi nas igrejas que o estilo românico se desenvolveu em toda a sua plenitude. Eram os próprios religiosos que comandavam as construções, a partir do conhecimento monástico. Suas formas básicas são facilmente identificáveis: a fachada é formada por um corpo cúbico central, com duas torres de vários pavimentos nas laterais, finalizadas por tetos em coifa. Um ou dois transeptos, ladeados por suas fachadas correspondentes, cruzam a nave principal. Frisos de arcada de meio ponto estendem-se sobre a parede, dividindo as plantas.



Catedral Românica


A Torre de Pisa


O motivo da arcada também se repete como elemento decorativo de janelas, portais e tímpanos. As colunas são finas e culminam em capitéis cúbicos lavrados com figuras de vegetais e animais. Nesse estilo destacam-se a abadia de Mont Saint-Michel, na França, e a catedral de Speyer, na Alemanha.

ESCULTURA

A escultura românica esta diretamente associada à arquitetura, as estátuas-colunas, e que desenvolve-se nos relevos de pórticos e arcadas. A escultura desenvolveu-se com um caráter ornamental, onde o espaço em branco dos frisos, capitéis e pórticos é coberto por uma profusão de figuras apresentadas de frente e com as costas grudadas na parede. As imagens encontradas são as mais diversas, desde representações do demônio, até personagens do Velho Testamento



capitel: escultura na parte superior das colunas


O corpo desaparece sob as inúmeras camadas de dobras angulosas e afiladas das vestes. As figuras humanas se alternam com as de animais fantásticos, e mesmo com elementos vegetais. No entanto, a temática das cenas representadas é religiosa. Isso se deve ao fato de que os relevos, além de decorar a fachada, tinham uma função didática, já que eram organizados em faixas, lidas da direita para a esquerda.




Devemos mencionar também o desenvolvimento da ourivesaria durante esse período. A exemplo da escultura e da pintura, essa arte teve um caráter religioso, tendo por isso se voltado para a fabricação de objetos como relicários, cruzes, estatuetas, Bíblias e para a decoração de altares.
O desenvolvimento da ourivesaria esta associado diretamente às relíquias, uma vez que as Igrejas ou mosteiros que possuíam as relíquias com o poder de realizarem milagres eram objeto de maior peregrinação, atraindo não só fiéis, mas ofertas.

PINTURA

A pintura Românica teve pequena expressão. Em alguns casos, as cúpulas das igrejas possuíam pinturas murais de desenho cujos temas mais freqüentes abordavam cenas retiradas do Antigo e do Novo Testamento e da vida de santos e mártires, repletas de sugestões de exemplos edificantes.



O Imperador Carlos Magno


Destaca-se o desenvolvimento das Iluminuras, arte que alia a ilustração e a ornamentação, muito utilizada em antigos manuscritos, ocupando normalmente as margens, como barras laterais, na forma de molduras




Fonte:  http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=146