quarta-feira, 29 de setembro de 2010

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Versificação - 9º Ano


Versificação   9º Ano

Verso – representa cada unidade construtiva rítmica de uma poesia.
Métrica – é a quantidade de sílabas poéticas.
Escansão - é a contagem do número de sílabas poéticas.

Importante:
Contam-se as sílabas até a última tônica.
Es|tou | de | vol|ta | pro | meu | a|con|che|go - átona
 1    2      3     4   5     6        7      8    9    10

Sem|pre | quis | te | dar | ca|ri|nho e | pai|xãotônica
   1      2        3      4     5      6  7     8         9   10
(O fenômeno que se verifica na sílaba poética número oito chama-se elisão (sons vocálicos diferentes).

A | col|cha a|ca|ba | de a|que|cer | nós | dois
1    2       3      4   5      6      7      8      9       10
Além da elisão na sílaba poética número seis, há crase (a mesma vogal) na número três.

A saber...
O número de sílabas é determinante para sua classificação:
Uma – Monossílabos;
Duas – Dissílabos;
Três – Trissílabos
Quatro – Tetrassílabos
Cinco – Pentassílabos ou redondilha menor (acentos na 2ª e 5ª)
Seis – Hexassílabos (acentos na 2ª e 6ª sílabas)
Sete – Heptassílabos ou redondilha maior (acentos na 3ª e 5ª)
Oito – Octossílabos
Nove – Eneassílabos ou jâmbicos (acentos na 3ª, 6ª e 9ª)
Dez – Decassílabos = heróico (acentos na 6ª e 10ª) ou sáficos (acentos na 4ª, 8ª e 10ª)
Onze – Hendecassílabos ou datílicos (acentos na 2ª, 5ª, 8ª e 11ª)
Doze – Dodecassílabos ou alexandrinos (se os acentos forem na 6ª e 12ª)
Mais de doze – Bárbaros

Repetição
Antecanto – repetição do verso no início de cada estrofe.
Bordão – repetição do verso no final de cada estrofe.
Estribilho ou Refrão – repetição constante dos versos.

Quanto ao número de versos:
Monóstico
– um verso
Dístico – dois versos
Terceto – três versos
Quadra ou quarteto – quatro versos
Quintilha – cinco versos
Sextilha – seis versos
Septilha – sete versos
Oitava – oito versos
Nona – nove versos
Décima – dez versos

Ritmo 
É o traço forte ou fraco que marca os intervalos numa versificação.
Binário
Chama-se ascendente o ritmo melódico fraco-FORTE;
O | ri|so | ven|ce o | pran|to
A   T   A      T      A         T    A

O binário descendente mostra uma relação FORTE-fraco.
Tin|has | tan|to | me|do | va|go e | frou|xo
  T    A       T    A     T    A     T     A        T    A

Ternário
À relação fraco-fraco-FORTE chamamos ascendente;
“Tu | cho|ras|te em | pre|sen|ça | da | mor|te” (G. Dias)
   A     A      T      A         A      T    A     A       T

Temário descendente mostra uma relação inversa, ou seja, FORTE-fraco-fraco.
Pá|gi|nas | cá|li|das; | pá|li|das | pá|gi|nas
  T  A    A      T  A   A        T  A   A      T   A    A

Atenção: Brancos e Livres são os versos sem rima e métrica respectivamente.

Rima
Identidade sonora, normalmente, no fim de cada verso.
Quanto à combinação
Alternadas ou Cruzadas
ABAB
...casa
...forte
...brasa
...norte
Emparelhadas ou ParalelasAABB
...vento
...lento
...ponho
...sonho
Interpoladas ou OpostasABBA
...viso
...fraca
...maca
...riso
Continuadas – repetição da mesma rima ao longo do poema.
Mistas – são as que não seguem esquematização regular.

Quanto à acentuação tônica
Oxítonas
– agudas ou masculinas
Paroxítonas – graves ou femininas
Proparoxítonas – esdrúxulas

Quanto à coincidência sonora
Perfeita
ou Soante – há correspondência completa de sons: tento / vento – vele / sele.
Imperfeita ou Toante – há correspondência parcial de sons: âmbar /amar – até /ate.

Quanto à Morfologia
Rica
– classes gramaticais diferentes: contente / tente
Pobre – a mesma classe gramatical: coração / união
Preciosa – palavras quase sem rima: pauta / nauta
Coroadas – As que ocorrem dentro de um mesmo verso.
Ex.: O triste existe em sofrimento lento. (Castro Alves)

Estrofe – é o agrupamento de versos.

FORMAS FIXAS
. Soneto: poema formado por dois quartetos e dois tercetos, normalmente composto por versos decassílabos e de conteúdo lírico;
. Balada: poema formado por três oitavas e uma quadra;
. Rondel: poema formado por duas quadras e uma quintilha;
. Rondó: poema com estrofação uniforme de quadras;
. Vilanela: poema formado por uma quadra e vários tercetos.

Fonte:   Recanto das Letras

Reflexão

Interpretação : Pato Donald e o Pesadelo Nazista e os Três Porquinhos na Segunda Guerra Mundial








Após assistir aos vídeos escreva a sua Interpretaçao.

Poesia 9º Ano Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Análise da Música : Que País É Este? Legião Urbana






Que País É Este?                                                                           
Letra: Renato Russo
Música: Renato Russo

Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação

Que pais é este?

No Amazonas, no Araguaia, na Baixada fluminense
No Mato grosso, nas Gerais e no Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso mas o sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão

Que país é este ?

Terceiro Mundo se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão.

Que país é este?


 Análise:

Uso do Pronome: Este.


Que país é este - Essa pergunta, não é uma pergunta, é uma exclamação!

      - Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte  do disco Que País é Este: 
"É uma das marcas registradas da Legião Urbana junto com "Geração Coca-Cola", escrita em 1978 para o então Aborto Elétrico e, mais tarde, incorporada definitivamente ao repertório da Legião. Com seu ritmo tribal e seus três acordes. Nunca foi gravada antes porque sempre havia a esperança de que algo iria realmente mudar no país, tornando-se a música então totalmente obsoleta. Isto não aconteceu e ainda é possível se fazer a pergunta do título, sem erros.

       
Atividade:
Levando-se em conta a corrupção na Política Brasileira qual é a sua análise ou interpretação para a música?

Poste sua resposta nos Comentários do Blog. 



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dúvidas Gramaticais - "toda- poderosa" ou "todo-poderosa"?

Qual é o feminino de todo-poderoso?

Por Thaís Nicoleti     Fonte:Uol

“Dilma é descrita pela imprensa búlgara como ‘dama de ferro’, ‘Margaret Thatcher brasileira’ e ‘toda-poderosa do governo Lula’.”
O feminino de “todo-poderoso” é “todo-poderosa”, sem a flexão do primeiro elemento. À primeira vista, isso pode parecer estranho a muitos usuários do idioma, pois estamos acostumados a flexionar o pronome indefinido “todo”, cujo feminino é “toda”. Assim: todos os homens e todas as mulheres, todo o dia e toda a tarde.
O caso em questão, porém, é de outra natureza: todo-poderoso é um substantivo (e também um adjetivo) composto, cujo primeiro elemento é o pronome indefinido “todo” e cujo segundo elemento é o adjetivo “poderoso”. Convém notar que agora “todo” está ligado a um adjetivo, não a um substantivo. Nessa situação, tem valor não de pronome indefinido, mas de advérbio de intensidade (equivalente a “inteiramente”), motivo pelo qual é um termo invariável (não tem feminino nem plural).
Conforme registra o “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”, o feminino de “todo-poderoso” é “todo-poderosa” e as formas de plural são “todo-poderosos” e “todo-poderosas”.
De acordo com esse princípio, uma construção como “Ele é todo ouvidos” teria como equivalente feminino “Ela é todo ouvidos”. Segundo Evanildo Bechara, porém, é aceitável a construção “Ela é toda ouvidos”, em que ocorre concordância por atração.
Abaixo, o trecho corrigido:
Dilma é descrita pela imprensa búlgara como “dama de ferro”, “Margaret Thatcher brasileira” e “todo-poderosa do governo Lula”.
 

Vídeo: Hífen e Exercícios

Exercício - Nova Ortografia

Exercício - Nova Ortografia 2

Conversor Ortográfico (Converte para a Nova Ortografia)

Vídeo: Uso do Hífen ( Nova Ortografia)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Crase



 Fonte: Site Uol
A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola.
A ocorrência de crase é marcada com o acento grave (`). A troca de escola por um substantivo masculino equivalente comprova a existência de preposição e artigo: Vou ao (a+o) colégio.
No caso de ir a algum lugar e voltar de algum lugar, usa-se crase quando: "Vou à Bolívia. Volto da Bolívia". Não se usa crase quando: "Vou a São Paulo. Volto de São Paulo". Ou seja, se você vai a e volta da, crase há. Se você vai a e volta de, crase para quê?
É erro colocar acento grave antes de palavras que não admitam o artigo feminino a, como verbos, a maior parte dos pronomes e as palavras masculinas.
A tabela resume os principais casos em que a crase deve (ou não) ser utilizada: 

Caso
Uso obrigatório
Uso proibitivo
Uso facultativo
Antes de
palavras masculinas











  • Quando
    estiver implícito “à moda de”: móveis à Luís 15;











  • Quando subentendido termo feminino: vou à [praça]João Mendes
    Viajar a convite,
    traje a rigor,
    passeio a pé,
    sal a gosto,
    TV a cabo,
    barco a remo,
    carro a álcool etc.
     
    Antes de verbos
     
    Disposto a colaborar.
     
    Antes de pronomes
     
    Antes da maior parte deles:
    Disse a ela que não virá; nunca se refere a você.
    Pronomes possessivos:
    Enviou a carta à sua família.
    Enviou a carta a sua família.
    Quando "a" vem
    antes de plural
     
    A pesquisa não se refere a mulheres casadas.
     
    Expressões formadas
    por palavras repetidas
     
    Cara a cara; ponta a ponta frente a frente; gota a gota.
     
    Depois de
    "para",

    "até",
    "perante",
    "com",
    "contra"
    outras
    preposições
     
    O jogo está marcado para as 16h; foi até a esquina; lutou contra as americanas.
     
    Antes de
    cidades,
    Estados,
    países















  • Foi à Itália (voltou da Itália).










  • Chegou à Paris dos poetas (voltou da Paris dos poetas).















  • Foi a Roma (voltou de Roma).










  • Foi a Paris (voltou de Paris).
     
    Locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas de base feminina
    Às vezes,
    às pressas,
    à primeira vista,
    à medida que,
    à noite,
    à custa de,
    à procura de,
    à beira de,
    à tarde,
    à vontade,
    às cegas,
    às escuras,
    às claras, etc.
     
    Locuções femininas de meio ou instrumento:
    À vela/a vela;
    à bala/a bala;
    à vista/a vista;
    à mão/a mão. (Prefira crase quando for preciso evitar ambiguidade: Receber à bala).
    Aquele,
    aqueles,
    aquilo,
    aquela,
    aquelas











  • Referiu
    -se àquilo;










  • Foi àquele restaurante;










  • Dedicou-se àquela tarefa.
     
     
    Com demonstrativo
    “a”











  • A capitania de Minas Gerais estava ligada à de São Paulo;










  • Falarei às que quiserem me ouvir.