domingo, 4 de março de 2012

Crônica - 9º Ano Escuta Orientada de Crônicas, Poesias e outros Gêneros Textuais



Crônica de um jovem salvo pela literatura!


”Sou quem sou, graças aos livros, se não fossem eles eu estaria à sete palmos abaixo da terra.


Nasci em uma família na qual a leitura vinha em último plano. O máximo que acontecia era um dos meus tios que aos domingos durante o café da manhã abria um jornal, o extinto Diário Popular, e ficava ali a folhear durante horas. Mas isso não durou muito, pois ele acabou ficando desempregado e o primeiro corte de gasto foi o jornal.
Um outro tio que hoje é padre, fora durante alguns anos, coordenador da sala onde estudava e muito amigo dos professores e diretores. Sendo assim, ganhava muitos livros. Às vezes chegava em casa com uma caixa fechada de livros novos. E eu nem aí com nada. Só queria mesmo era saber de empinar pipa, jogar bolinha de gude, rodar pião, brincar, brincar e brincar. Lembro que o primeiro livro ao qual fui obrigado a ler (e não li) foi indicado pela professora de literatura quando eu estava na quinta série. Ela passou o livro no início do bimestre e no fim dele iria dar uma prova.
O tempo foi passando e nada de eu ler o livro. Até que num domingo, que antecedia a prova, eu resolvi pegar no livro, antes, porém, havia perdido a pipa que empinava. Então lá fui eu, naquela tarde calorosa, onde o céu azul era completado pelas pipas e pelos pássaros que voavam no ritmo do vento. Peguei o livro, observei a capa, vi a página de rosto, li a primeira página, passei para a página do meio, e... olhei para um lado e para o outro, fui até a página final, li e fechei o livro satisfeito.
- Bom, dá pra tirar metade da nota. – Pensei sorridente.
No dia seguinte a professora mal deu bom dia e tome-lhe prova. Resultado: não consegui responder nenhuma pergunta. Com isso, eu cheguei a conclusão de que quando se faz algo que é obrigatório, não rende e não se produz nada.
Em 1998 mudamos de Itaquera para Suzano e mesmo assim continuei trabalhando como cobrador de lotação onde eu morava, e pra isso pegava os trens da CPTM às quatro da manhã. Só que três anos depois, chegou um momento que eu não agüentava mais ficar olhando para cara das pessoas dentro do vagão, e não conseguia cochilar. Precisava fazer alguma coisa para passar o tempo, aquilo ali estava ficando um marasmo dos diabos; as pessoas quando não estavam dormindo, ou estavam jogando baralho (e eu até hoje não sei jogar, a não ser o 21 que, muitos conhecem pelo nome de burrinho), ou fofocando ou falando das novelas. E foi então que comecei a prestar atenção em algumas pessoas que liam livros ou riscavam revistas de passatempos. Pedi um livro para o meu tio, que tinha vários debaixo de sua cama. Ele negou dizendo que eu não iria ler, e que iria era estragar os livros.
- Deixa estar, eu dou um jeito – disse para mim mesmo com um riso sarcástico.
E foi quando ele deu uma saída, entrei no quarto e peguei um livro. Comecei a ler no trem apenas para passar o tempo. Alguns dias depois eu já reclamava quando a composição chegava na estação de Itaquera.
- Poxa vida, podia ter mais uma estação para mim ler pelo menos mais uma página...
E virei leitor de fato, lia não mais para passar o tempo e sim por prazer e busca de conhecimentos. E assim os livros foram sumindo das caixas debaixo da cama do meu tio. Até hoje ele não sabe disso, aliás, até o momento que ler esse texto.
Sempre fui bom em redação, escrevia histórias com muita facilidade na época da escola, só não gostava de ler, ou não me ensinaram a gostar. Então comecei a colocar no papel tudo aquilo que via no meu cotidiano. Todas as cenas de injustiças sociais. Assim me sentia vingado, pois estava em um momento de inquietação e conflito. Meu padrasto havia acabado de desaparecer e eu virara chefe da casa, o único que tinha um emprego com apenas 19 anos de idade.
Precisava fazer alguma coisa para me extravasar: eu partia para o lado da pólvora (crime) ou para o lado do açúcar (cultura). Optei pelo açúcar, que às vezes é um pouco amargo. Então, todas as coisas que eu tinha para dizer colocava no papel em forma de rap ou de texto literário, e não mais me sentia pequeno. A partir daí percebi que eu poderia fazer um estrago muito maior com a literatura do que ao contrário se eu tivesse ido para o crime.
E assim comecei a ser mais seguro de mim mesmo, dono de minhas atitudes e dos meus atos. Toda vez que eu estou em algum local público e abro um livro, me sinto o todo poderoso, como se eu tivesse o bem mais precioso do mundo; e tenho”,
Sacolinha, Suzano (SP)
Fonte: Folha

ATIVIDADE:  

Depois da Leitura, escreva a sua própria crônica e poste nos comentários.
Avaliação:  Ponto positivo na ficha avaliativa.



3 comentários:

  1. VIDA REAL


    Sou uma garota de 17 anos, nasci em uma familia que nem era tão unida mas
    sou grata de ser filha de meus pais, meus pais se separaram logo quanto meu irmão fez o seu 1°
    aninho, mas antes de tudo aconteceu bem antes meus pais viviam brigando em casa então cresce-mos vendo tudo aquilo. Não tenho nem um tipo de rancor deles afinal aculpa não era nossa mas simdeles mesmo, depois de tudo acontecido fomos morar no fundo da casa da minha avó materna crescemos distantes do meu pai mas visitavamos-o nos fins de semana.
    Tive uma vida muito sofrida, porem já fui casada e não me arrependo de nada, mas hoje é tudo bem diferente, vejo meu pai quase todos os dias voltei a morrar com a minha mãe foi muito dificil minha separação mas superei e tudo é muito novo para mim agora que estou levando a minha vida sozinha de novo, hoje eu estudo não trabalho mas cuido de casa pra minha mãe trabalha para fora, hoje moramos eu minha mãe e meu irmão e meu padrasto.
    Agora vou levando a vida adinte de cabeça erguida, estudar e garantir meu futuro e conhecer outras pessoas e mais para frente vou fazer uma faculdade.

    n°15 n°28

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  2. Há Momentos

    Há momentos na vida em que sentimos tanto
    a falta de alguém que o que mais queremos
    é tirar esta pessoa de nossos sonhos
    e abraçá-la.

    Sonhe com aquilo que você quiser.
    Seja o que você quer ser,
    porque você possui apenas uma vida
    e nela só se tem uma chance
    de fazer aquilo que se quer.

    Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
    Dificuldades para fazê-la forte.
    Tristeza para fazê-la humana.
    E esperança suficiente para fazê-la feliz.

    As pessoas mais felizes
    não têm as melhores coisas.
    Elas sabem fazer o melhor
    das oportunidades que aparecem
    em seus caminhos.

    A felicidade aparece para aqueles que choram.
    Para aqueles que se machucam.
    Para aqueles que buscam e tentam sempre.
    E para aqueles que reconhecem
    a importância das pessoas que passam por suas vidas.

    O futuro mais brilhante
    é baseado num passado intensamente vivido.
    Você só terá sucesso na vida
    quando perdoar os erros
    e as decepções do passado.

    A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
    duram uma eternidade.
    A vida não é de se brincar
    porque um belo dia se morre.

    Ass. Sammara Marilaque Dultra n°: 36

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  3. Lucas De Oliveira Pires n3113 de março de 2012 às 20:26

    A mulher e a sogra

    Eu era um jovem bem tranquilo, morava no interior, uma beleza, um lugar lindo de se viver, até que um dia eu me apaixonei, é claro que eu fui falar com meu pai.
    Sendo bem velho o meu pai me diz: - Meu filho, tu fala para seu pai com quem é que tu quer se casar. Estufei o peito e disse: É com a Craudicéia pai, tão linda quanto o nome. O velho me chamou pra um canto e disse: - Meu filho, tu não pode fazer isso que é pecado, a tua mãe não pode saber, mais o teu pai já foi muito malandro, tu não pode casar-se com ela porque ela é tua irmã!, no nada minha mão entra na sala e fala: - Nada meu filho, pode casar sim, ele tambem não é teu pai! Nossa, meu pai não soube onde enfiar a cara, mais em fim, bem feito!
    Entao começamos o namoro, eu e a Craudicéia, casamos e fomos morar juntos. A minha casa era muito pequena, tão pequena que o cachorro abanava o rabo de baixo para cima.
    Em uma maravilhosa noite alguem bate na porta, quando fui ver quem era eu tive um susto, era a minha sogra! Me esbravejei e disse: - Mais oque tu ta fazendo aqui sogra veia!. Ela me respondeu: Eu vim passar um tempo aqui com vocês, vou ficar aqui até vocês enjoarem de min! Foi quando ironicamente eu disse: - Não vai nem querer tomar um cafézinho e já vai ir? Ela ficou uma fera comigo.
    Ela estáva na sala, acendi um daqueles palheirões, meio metro de cigarro, entrei na sala e disse: - Te incomoda eu fumar aqui? Ela respondeu: - Não, não incomoda não. Eu disse: - Pois então nem fumo!, eu ia fumar só para incomodar mesmo.
    Até hoje as pessoas ainda falam, “sogra é igual onça, todos defendem mas ninguém quer ter em casa. Ela tinha um problema, ela falava muito, ela falava tanto que quando ela ia para praia, voltava com a lingua bronzeada, e só para complementar, ela era tão “pra frente” que quando Deus gritou: Faça-se a luz, ela já havia puxado a fiação toda, ela não viu o diluvio mas pisou no barro, fato!

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