"pobrema" e "renegerar"
Muitas pessoas no Brasil dizem "pobrema".            A pronúncia oficial, no entanto, deve ser sempre como se grafa            a palavra: pro-ble-ma. 
 Há um comercial de televisão com            uma atriz muito conhecida. Em certa altura de sua fala, ocorre uma troca            de sílabas, nem sempre perceptível: 
Se a vaca pudesse escolher um            hidratante
pra proteger o couro dela, era Tom Bom.
Ela ia falar assim, ó: ‘Tooom Booom’.
Tom Bom é um creme que penetra e renegera cada fibra,
deixando o couro vivo, macio, doidinho pra brilhar...
pra proteger o couro dela, era Tom Bom.
Ela ia falar assim, ó: ‘Tooom Booom’.
Tom Bom é um creme que penetra e renegera cada fibra,
deixando o couro vivo, macio, doidinho pra brilhar...
A atriz Denise Fraga, que fez o comercial, relatou            que foi preciso convencer o pessoal da agência de publicidade            para a qual fez o comercial a aceitar renegera no lugar de regenera.            O resultado ficou delicado e interessante. 
 A ciência que se ocupa desses desvios de            pronúncia é a fonoaudiologia. Em depoimento ao programa,            a fonoaudióloga Sandra Pela fala a respeito do assunto: 
"Para a produção efetiva dos            sons da fala, algumas estruturas são necessárias. O ar            vem dos pulmões, passa pela laringe e produz som nas pregas vocais.            Esse som é então modificado no trato vocal ou na caixa            de ressonância. O trato vocal é que dá a característica            específica de cada som. 
Por exemplo: se o ar sai mais pelo nariz do que pela boca, temos os sons nasais, como na pronúncia das letras ‘ m’ e ‘n’. Se o som é produzido durante o fechamento dos lábios, temos os sons das letras ‘p’ e ‘b’.
Por exemplo: se o ar sai mais pelo nariz do que pela boca, temos os sons nasais, como na pronúncia das letras ‘ m’ e ‘n’. Se o som é produzido durante o fechamento dos lábios, temos os sons das letras ‘p’ e ‘b’.
 Quando esse mecanismo da fala está alterado,            temos um fenômeno que é conhecido, atualmente, como dislalia            ou distúrbio articulatório. Antigamente era chamado            de rotacismo. 
 No caso das crianças, o problema pode ser            decorrência de um atraso no desenvolvimento e de alterações            na habilidade motora ou no comando do sistema nervoso central. No caso            dos adultos, podemos pensar em trocas articulatórias dos fonemas            - como falar ‘Cráudia’ em lugar de ‘Cláudia’,            ou de sílabas, como no caso do comercial mencionado. A pessoa            faz essa alteração muitas vezes em decorrência do            seu meio cultura".
Como vimos, o problema tem explicação            científica e há solução para ele. A pessoa            pode fazer um tratamento para aprender a empostar a voz, a pronunciar            melhor as palavras. O importante é que ninguém seja discriminado            por isso. 


 
 
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