segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013!

O Ano Novo

Acredite, nem sempre se comemorou o Ano Novo no dia 1º de janeiro. Aliás, podemos dizer que a comemoração nesta data é algo relativamente recente. Ela só foi consolidada a partir de 1582, quando foi adotado universalmente (sobretudo por países cristãos) o calendário criado pelo papa Gregório VIII, chamado calendário gregoriano, e vigente até hoje. Anteriormente, os romanos já tinham escolhido o 1º de janeiro como data do início do ano, em 153 a.C.
Ao longo da história do mundo, a data da virada do ano foi mudando conforme os calendários adotados e os costumes de cada povo. Há dois mil anos, os babilônios festejavam a chegada de um novo ano no início da sua primavera, que equivaleria ao dia 23 de março do nosso calendário. Era o período do plantio de novas safras, do recomeço da vida. Os gregos celebravam o Ano Novo entre os dias 21 e 22 de dezembro.

- De onde vem a tradição de se usar um bebê como símbolo do Ano Novo?
A ideia surgiu ainda com os gregos, por volta de 600 a.C. Nos rituais de homenagem a Dionísius, deus do vinho, um bebê era carregado dentro de um cesto durante o desfile, parte do ritual. O bebê representava o espírito da fertilidade e o renascimento anual de Dionísius.

- Qual a origem da palavra Réveillon?
Vem do verbo francês réveiller, que significa “acordar”. Neste sentido, que dizer o “despertar do ano”. A palavra surgiu no século 17 para identificar eventos sofisticados (incluindo jantares) entre os nobres franceses, que ocorriam até depois da meia-noite, em vésperas de datas importantes. Com o tempo, essa comemoração ficou restrita ao Ano Novo. No século 19, o Réveillon começou a se disseminar nas colônias francesas e em locais influenciados pela sua cultura. A palavra e a comemoração logo foram adotadas pela corte e elites brasileiras, ainda no mesmo período.

- Por que fazemos tanto barulho na passagem do ano?
Em todo o mundo, o momento da passagem de ano é marcado por muito barulho e estardalhaço: com muitos fogos de artifício, cornetas, buzinadas, gritos de alegria, etc. O motivo vem de antigas tradições que entendiam os ruídos como forma de afugentar os maus espíritos.
No quadro abaixo, você vai ver como é comemorado o Ano Novo em algumas partes do mundo, incluindo os lugares que seguem calendários alternativos ao nosso (o calendário gregoriano).
No infográfico abaixo você encontra a origem de alguns símbolos mais comuns do Natal:

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Qual é a origem da árvore de Natal?

Enfeitar árvores é um ritual antiqüíssimo, presente em praticamente todas as culturas e religiões pagãs, para celebrar a fertilidade da natureza. Os primeiros registros de sua adoção pelo cristianismo vêm do norte da Europa (terra dos pinheiros, a árvore de Natal clássica), no começo do século XVI - mas tudo indica que, a essa altura, já era uma tradição medieval. No antigo calendário cristão, o dia 24 de dezembro era dedicado a Adão e Eva, cuja história costumava ser reencenada nas igrejas. "O paraíso era representado plasticamente por uma árvore carregada de frutos, colocada no meio da cena teatral", afirma o teólogo Fernando Altermeyer, da PUC-SP.

As pessoas, então, passaram a montar essas alegorias em suas casas, com árvores cada vez mais decoradas: de velas (simbolizando a luz de Cristo), estrelas (alusão à estrela de Belém) e rosas (em homenagem à Virgem Maria) até hóstias (pedindo perdão pelos pecados). Nos séculos XVII e XVIII, o hábito se tornou tão popular entre os povos germânicos que eles mesmos o creditaram a seu maior líder religioso, Martinho Lutero (1483-1546), fundador do protestantismo. A árvore de Natal só se difundiu pelo resto do planeta a partir de 1841, quando o príncipe Albert (1819-1861) - esposo alemão da rainha Vitória - montou uma delas no palácio real britânico. Na época, o império vitoriano dominava mais de meio mundo e o costume logo se tornou universal.
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